UMA LUTA PELO KNOW-HOW E POR TALENTOS
A recente crise obrigou as empresas a adaptarem-se de várias formas para sobreviverem. Ato contínuo, o recrutamento esteve em níveis muito baixos. Hoje, todavia, assiste-se a uma recuperação “lenta mas consistente”, traduzindo-se em “mais recrutamento por parte das empresas, não apenas mas também ao nível dos cargos executivos”, começa por referir José Cardeira Seno, partner da Prime Search, organização de recrutamento e selecção de executivos.
Uma das áreas com maior procura de executivos é a das “tecnologias de informação”, onde a oferta de profissionais não responde às necessidades do mercado, levando a recrutar noutros países. “Esta situação de carência, sobretudo de engenheiros muito especializados em desenvolvimento e em gestão de projectos tem contribuído para uma postura de muita exigência dos profissionais nacionais perante as entidades empregadoras, deixando as consultoras de tecnologias de informação a braços com o enorme desafio de responder em tempo útil à crescente solicitação dos seus clientes”. O que as empresas pretendem desses executivos é que tenham provas dadas nas funções que vão desempenhar, significando que têm de “aliciar os executivos dos seus concorrentes mais bem-sucedidos” ou, nessa impossibilidade, os que apesar de mais limitados nos meios, conseguiram resultados. “É uma luta pelo know-how e por talentos que sejam capazes de gerar ambientes de trabalho muito competitivos mas harmoniosos e com capacidade para se adaptarem às solicitações e desafios do mercado, com respostas eficazes, inovadoras, em tempo útil e com uma gestão muito criteriosa de custos”.