Ruy Castro escreveu sobre Garrincha em Estrela Solitária, já nas livrarias
Ele tinha tudo contra ele, a começar por duas pernas tortas. Nos Mundiais de 58 e 62, Garrincha transformou-se no jogador mais amado da selecção brasileira de futebol, mesmo com Pelé a jogar no mesmo campo. Estrela Solitária, de Ruy Castro, conta-nos como o génio driblou a vida.
É PRECISO avisar quem quiser vir por aqui: com Estrela Solitária: Um brasileiro chamado
Garrincha, Ruy Castro não nos traz apenas uma biografia de um jogador de futebol, a história de um génio do drible, as aventuras de um Don Juan sem vergonha, as gargalhadas e o choro de um herói que foi vítima do seu próprio heroísmo; com Estrela Solitária ,quea editora Tinta da China decidiu (e bem) reeditar, Ruy Castro deixa-nos a sentir que Garrincha também é nosso. É que Ruy Castro não faz por menos: a primeira imagem que nos dá de Mané Garrincha chega-nos pelos olhos da parteira. “Quando o menino Manuel nasceu, sua parteira, dona Leonor, foi a primeira a ver que ele tinha as pernas tortas.” Depois, Ruy Castro limita-se a provar-nos que a realidade ultrapassa muitas vezes a ficção. A vida de Garrincha, por culpa da forma como fugiu durante anos do Botafogo para jogar com os amigos em Pau Grande, da forma como, casado, foi mais solteiro que os solteiros, e da forma como fazia o impossível em campo, é o exemplo acabado disso. Com uma história de vida que é um passe perfeito, Ruy Castro só teve de fazer o golo. E fez.
Para escrever este livro, Ruy Castro (Chega deSaudade: A história e as históriasda Bossa Nova eO Anjo Pornográfico: a vida de Nélson Rodrigues) fez 500 entrevistas