Peter Dinklage e Elle Fanning protagonizam um filme indie pós-apocalíptico
De Reed Morano, realizadora de A História de Uma Serva, chega um filme indie pós-apocalíptico protagonizado por Peter Dinklage e Elle Fanning. Distinção de Excelência em Realização no festival de cinema de Sundance.
EIS UM FILME INDIE QUE VAI interessar de forma especial – mas não só – aos fãs das séries A Guerra dos Tronos (por causa do protagonista) e A História de Uma Serva (por causa da realizadora) e aos fãs de ficção científica pós-apocalíptica (categoria em que o filme entra).
Agora Estamos Sozinhos estreia esta quinta-feira, 27, e é a segunda longa-metragem de Reed Morano, uma directora de fotografia de 41 anos que se notabilizou por ter dirigido os primeiros episódios de A História de Uma Serva (Handmaid’s Tale, no original) – pelo primeiro, Offred, recebeu o Emmy de Melhor Realização em Série Dramática. Como directora de fotografia, assinou em 2016 a cinematografia de Lemonade, o álbum visual de Beyoncé. Agora Estamos Sozinhos começa por nos apresentar Del (Peter Dinklage, o anão de A Guerra dos Tronos) a viver numa pequena cidade dos Estados Unidos acreditando ser o único sobrevivente de um apocalipse que dizimou a humanidade. Del leva uma existência pacata: passa os dias a ir de casa em casa à procura de mantimentos, deixando-as arrumadas e limpas – uma forma de encontrar ordem no caos – e enterrando os corpos de quem ali vivia. Del costuma pescar num lago perto e janta o que apanhou acompanhado de um copo de vinho, enquanto observa o pôr-do-sol. Por outras palavras, há vidas pré-apocalípticas bem piores.
Só que um dia a misteriosa personagem de Elle Fanning (Grace) aparece para lhe estragar a rotina e Del, que era bibliotecário, trabalhava de noite e já antes do apocalipse tinha dificuldades em interagir com os outros, não sabe como reagir à sua presença “ruidosa”: ao contrário dele, Grace é simpática, conversadora, cheia de energia e procura companhia. Nunca é explicado o que causou ou em que é que se materializou o fim do mundo, mas isso, na verdade, pouco ou nada interessa à história do argumentista Mike Makowsky, que faz antes mira aos sentimentos de perda, de solidão, do que é que significa realmente estar só – e de como lidar com tudo isto num mundo que deixou de ser aquele que conhecíamos. Nomeado para Melhor Filme no festival de Sundance, Agora Estamos Sozinhos acabou por valer a Reed Morano a distinção de Excelência em Realização.
Nunca é explicado o que causou ou em que é que se materializou o fim do mundo, mas isso, na verdade, pouco interessa à história