PETRÓLEO, UM NEGÓCIO FALHADO
Recuo da Galp e da Eni cancela exploração ao largo de Aljezur — mas poderá abrir a porta a indemnização
Este não é um artigo focado na disciplina de sacrifício para poupar mais. O nível de sacrifício de cada pessoa e família varia muito em função daquilo que exige o seu orçamento e, por outro lado, da sua força de vontade. O objectivo aqui é outro: ilustrar formas geralmente menos conhecidas (e algumas já conhecidas mas nem por isso seguidas) de arrancar poupanças de milhares de euros mantendo o seu estilo de vida largamente intacto. Parece fácil, mas também exige disciplina – pelo menos a disciplina de estar atento, de se informar (nunca foi tão fácil como nesta era de simuladores online )e de usar a informação para agir. Algumas destas sugestões de poupança têm um impacto isolado, outras são em rubricas recorrentes. Há uma concentração maior de medidas sobre a casa porque esta é a rubrica que mais pesa nos orçamentos familiares (quase um terço, segundo o INE). Veja quais se adaptam ao seu caso. E lembre-se de que o maior inimigo da poupança que está ali mesmo ao seu alcance é a inércia.
HABITAÇÃO Apermutaquepoupou 17mileuros
Quem compra casa pode tentar fazer uma permuta ou uma permuta técnica. A permuta é isso mesmo, uma troca de casas: a família X vai ficar maior, o senhor Y quer uma casa mais pequena e em vez de venderem trocam de casa, acertando depois as diferenças de valor. A vantagem é sobretudo fiscal: quem compra a casa mais barata não paga o Imposto Municipal sobre Transacções Onerosas de Imóveis, ou seja, o IMT. Quem compra a mais cara paga apenas sobre a diferença de preços (ambos poupam ainda os custos de uma escritura).
Como a maior parte dos negócios de imobiliário ainda são de reposição – alguém que vende para comprar logo a seguir – esta parece uma forma simples de poupar. Mas há, à partida, um problema. “É complexo encontrar uma correspondência entre o que cada comprador quer”, conta Ricardo Sousa, director da consultora imobiliária Century21. Menos raro do que a permuta é a chamada permuta técnica, que envolve três partes. “Normalmente acontece quando há construção nova e o construtor envolvido”, explica Ricardo Sousa. Foi o que aconteceu com Natacha Pereira. “A ideia foi do meu marido e até tivemos de explicar à pessoa da imobiliária, que não sabia”, conta à SÁBADO. Há três anos o casal queria vender a sua casa para comprar outra e já tinha comprador para a sua. Encontraram em Carcavelos a casa nova que procuravam e acertaram então uma permuta com o construtor: este trocava a casa nova pela “velha” deles e, logo a seguir, vendia-a ao comprador que eles tinham apalavrado. O casal pagou IMT e Imposto de Selo apenas pela diferença
“NÃO COMPRÁVAMOS A CASA SE NÃO CONSEGUÍSSEMOS FAZER A PERMUTA”, DIZ NATACHA PEREIRA
TERESA MONTEIRO RENEGOCIOU E VAI POUPAR MAIS DE 18 MIL EUROS NO CRÉDITO DA CASA
de valores entre a casa velha e a nova. Natacha estima que pouparam 17 mil euros. Para o construtor a vantagem foi segurar a venda. “Explicámos o que queríamos fazer e que se fosse de outra forma não compraríamos a casa”, diz Natacha, que conta terem passado outras casas antes precisamente porque uma das partes não aceitava a permuta. “Demorámos um ano à procura até comprar”, conta. Valeu a pena.
Há, contudo, cuidados a ter: no caso de ser preciso crédito hipotecário há que perceber se o banco não vai pedir um spread maior pelo novo financiamento; e é recomendável ter apoio de um solicitador ou de um consultor imobiliário.
Temspreadacimade1,4%? Renegoceie
Teresa Monteiro Profeta estava atenta – os spreads que os bancos estavam a fazer no início deste ano já eram bastante mais baixos do que os 2,35% que tinha contratado em 2015 com a Caixa Geral de Depósitos. Teresa, que tem 31 anos e trabalha como assessora numa sociedade comercial de máquinas agrícolas, não ficou quieta. “Tenho uma amiga num dos bancos concorrentes [o Santander] e pedi-lhe uma simulação”, diz. O resultado era claro: a sua prestação baixaria de 346 euros para 305. “Cheguei à fala com o meu gestor de conta, expliquei-lhe que tinha feito a simulação e que se o valor da minha prestação não descesse eu mudaria de instituição na hora”, conta. Mostrou a simulação e, dois meses depois, o seu spread baixou para 1,5% e ficou a pagar os 305 euros. São quase 500 euros de poupança por ano – e mais de 18 mil ao longo do que sobra do empréstimo.
Para os milhares de portugueses que compraram casa nos anos da crise – ou nos anos após a crise – a
renegociação do crédito da casa é a principal medida de poupança a tomar. Se em 2013 o spread médio praticado rondou 2,9% e em 2016 quase 2% (dados do site ComparaJá.pt), este ano já há instituições a aceitarem spreads entre 1% e 1,5%. O potencial de poupança é enorme e consegui-lo não é um bicho-de-sete-cabeças. Ana Costa, por exemplo, começou por fazer uma simulação online no Bankinter. A redução que encontrou nem era compensadora, mas foi na mesma falar com a sua gestora no Santander argumentando que tinha uma proposta melhor de um concorrente. “Ao fim de um mês ligou-me a dizer que tinha conseguido baixar o meu spread e reduzir o empréstimo em três meses”, conta à SÁBADO a economista de 32 anos. A prestação passou de 540 euros para cerca de 490 – são 720 euros de poupança anual e mais de 26 mil euros em todo o empréstimo.
Se sente que não tem apetência ou capacidade para negociar saiba que há empresas que fazem isso por si, como a Doutor Finanças ou a Decisões e Soluções (seja qual for a empresa que escolha certifique-se dos custos envolvidos). Estas empresas jogam com o seu maior peso negocial para comprimir os spreads .A Doutor Finanças – que só cobra uma comissão ao banco para onde mudar o seu crédito – explica à SÁBADO que já vale a pena renegociar para quem tenha spreads acima de 1,4%. Tentar não custa – a inércia sim.
Amortizemaiscedo (mas mantenha aprestação) h Se já tiver um pé-de-meia que aguente durante seis meses os gastos fixos – e se não for confrontado com despesas adicionais prioritárias – então estaéaaltur apara amortizar o mais rapidamente possível o seu crédito hipotecário. As prestações estão mais reduzidas, cortesia das taxas de juro historicamente baixas, mas este é um crédito que tipicamente dura vários anos, ou seja, o leitor apanhará de certeza pelo menos mais um ciclo de juros mais altos. Por isso é melhor ter pressa.
Vanessa Sousa, uma pequena empresária de 37 anos, contou à SÁBADO em Abril deste ano que conta pagar o seu crédito de 50 anos em apenas 16. “Junto 2.000 euros, por exemplo, e amortizo”, explicou. Ao acelerar o pagamento há duas opções: escolher ficar com uma prestação mensal mais baixa ou pedir ao banco para manter a prestação e encurtar o prazo do empréstimo, como faz Vanessa. Ambas são poupança valiosa, mas a última é mais vantajosa porque permite poupar juros sobre a quantia amortizada ao longo do resto do empréstimo e, ao mesmo tempo, poupar os juros dos anos que vai tirando ao empréstimo. Um exemplo: por cada 100 mil euros de crédito com taxa nominal de 2% e um prazo de 30 anos, uma
AMORTIZAR MAIS CEDO E MANTER A PRESTAÇÃO MENSAL MULTIPLICA O POTENCIAL DE POUPANÇA
amortização extra de 2.000 euros em cada um dos cinco primeiros anos resulta numa poupança de 2.600 euros se escolher ficar com uma prestação mensal mais baixa; mas se mantiver o esforço mensal estas amortizações tiram quatro anos ao empréstimo e poupam mais de 6 mil euros. Dois mil euros por ano equivalem a uma poupança mensal de 167 euros. Para seguir esta via os bancos normalmente pedem que comunique a intenção por carta e não levantam obstáculos. A teoria diz que se conseguir obter uma taxa de retorno maior pelas suas poupanças deve aplicá-las em vez de abater à dívida. Mas tendo em conta o actual ambiente nos juros e o perfil conservador dos portugueses na hora de investir parece seguro dizer que na prática não há outras opções mais atraentes no mercado. Desde 2009 que os bancos não podem cobrar mais uma comissão acima de 0,5% (nos contratos a taxa variável) sobre cada amortização antecipada.
Precisa mesmo da agência?
Com o mercado imobiliário aquecido é possível hoje vender uma casa (sobretudo em Lisboa e no Porto) em menos de três meses, admitem as principais consultoras imobiliárias. Se tem uma propriedade numa zona ou segmento mais quente do mercado, se não tem pressa e não se assusta com o trabalho pode vender sem recurso a uma imobiliária e poupar milhares de euros.
As (boas) imobiliárias conseguem chegar rapidamente a muita gente, ajudam a definir o preço correcto, apoiam na negociação, filtram e conduzem as visitas e, depois, aceleram e cuidam da papelada. É um serviço útil, que tranquiliza e apoia, mas que tem um preço: a comissão tipicamente ronda 5%, a que se soma o IVA de 23%. Se vender uma casa por 300 mil euros são 22.140 euros absorvidos entre a agência e o Estado. O ponto é que a maioria das vantagens das consultoras pode ser replicada a um custo mais baixo. As plataformas virtuais (Imovirtual, Idealista, Casa Sapo, OLX, etc.) tornaram a publicitação muito mais eficaz do que no passado (se não conseguir tirar boas fotografias e não tiver quem o faça pondere contratar um fotógrafo – o custo vai até 40 euros). Para perceber melhor os preços pedidos por casas idênticas na mesma zona – que podem variar muito, diferir do preço final, etc. – e evitar que o apego emocional à casa distorça a sua avaliação pode contratar um avaliador imobiliário registado na CMVM (o site do regulador tem a lista), que tipicamente cobra até 500 euros. Depois vêm os telefonemas e as visitas. João (nome fictício), que está a vender por 785 mil euros um T4 nas Avenidas Novas em Lisboa, resolveu o problema. “Fiz um dossiê sobre os pontos fortes e fracos da casa, que envio por email aos interessados”, conta à SÁBADO .No anúncio deixou apenas o email, para evitar perder tempo com chamadas improdutivas, e especificou que não quer receber contactos de imobiliárias (João diz que recebe vários emails de pessoas que, depois de pesquisa online breve, descobre serem… consultores imobiliários). A
DA DECO, DA COMPARAJÁ OU DOS REGULADORES PÚBLICOS: HÁ SIMULADORES ONLINE PARA TUDO
Q descrição da casa é o mais realista possível. “Não douro a pílula, como as imobiliárias, para não receber contactos que depois não dão em nada”, explica. Duas semanas depois de publicado o anúncio no Idealista conta que tem uma proposta para vender por 745 mil, que vai recusar por não ter pressa. Se vendesse por 785 com uma imobiliária pagaria mais de 48 mil euros entre comissão e IVA.
A papelada até à escritura assusta, mas para apoio nessa frente é possível contar com o serviço de um solicitador (na página online da Ordem dos Solicitadores há um motor de busca por distrito), que normalmente cobra cerca de 500 euros (não é tabelado, peça orçamentos).
Não se esqueça deste desconto no IVA. Ao fazer obras de reabilitação na sua casa perceba de que tipo de desconto pode beneficiar no IVA. Se a sua casa estiver numa área de reabilitação urbana (ARU) – há cerca de 900 em todo o País, consulte o site da sua autarquia – a taxa de 6% de IVA (em vez de 23%) aplica-se sobre os materiais comprados e o serviço do empreiteiro. Se estiver fora de uma ARU pode aplicar a taxa de 6% aos serviços e aos materiais caso estes não valham mais de 20% da factura global. O que são obras de reabilitação? O mais seguro épedirà câmara que certifique se o que pretende fazer encaixa no conceito, solicitando uma certificação (que também deverá precisar se a casa está numa
ARU). Com essa certificação na mão pode então pedir ao empreiteiro que liquide o IVA a 6%. A diferença é grande. O simulador da Ordem dos Arquitectos (escolhaarquitectura.pt) põe em 626 euros por metro quadrado (antes de IVA) o custo médio da reabilitação de um apartamento urbano (calculado com base nos registos disponíveis em Lisboa, Porto e Algarve). A este custo, e a título exemplificativo, num apartamento de120m2a poupança em IV A se a sua casa estiver numa ARU rondaria 12.700 euros. Ricardo Reis, especialista da Deloitte, nota ainda que “existem mais incentivos fiscais à reabilitação urbana, tais como isenções de IMI e de IMT e uma taxa reduzida de IRS de 5% para os rendimentos prediais e mais-valias resultantes do imóvel reabilitado”.
BANCO
Cartões: escolha o que lhe devolve até 200 euros h Primeiro: pode contratar um cartão de crédito fora do seu banco, a cair na sua conta do costume. O processo de contratação é simples (preenchimento do contrato e os documentos habituais) e terá apenas de se certificar que escolhe a modalidade de pagamento de 100% da dívida no fim do mês. A ideia é poupar utilizando o cartão de crédito como se fosse de débito, não é financiar consumo com juros altos. A poupança vem de dois lados: anuidades nulas (as normais podem chegar perto de 20 euros) e, mais importante, devolução (ca-
“FIZ UM DOSSIÊ REALISTA SOBRE A MINHA CASA PARA EVITAR CONTACTOS QUE NÃO DÃO EM NADA”
shback) de uma percentagem das suas compras. Uma taxa de devolução de 2% significa que no fim do mês pagará 98% do montante em dívida no cartão. Há muita oferta no mercado, mas regra geral é melhor optar por um cartão com um limite anual de desconto mais alto e um regime de devolução com menos restrições (há cartões cujo desconto só é usável em compras de determinadas lojas). Dois exemplos bons: o Affinity Card Mastercard, emitido pelo BBVA e associado às marcas do grupo de roupa Inditex (Zara, Massimo Dutti, etc.) não tem limite global aos descontos, devolve 1% de todas as compras em qualquer loja que aceite Mastercard e 2% nas compras feitas nas lojas do grupo; o Cofidis “Mais por 1€” devolve 2% de todas as compras e 1% do pagamento de serviços, até um limite anual de 200 euros (o custo é um euro mensal, não tem outras comissões). Uma família com um filho, que gaste 600 euros mensais em compras (supermercado, combustíveis, outras compras), teria com este último cartão uma poupança anual de 147 euros.
CARRO Overmelhoquedescontou mileuros
Se não fizer questão de comprar um carro novo está no caminho certo (se fizer continue a ler que há dicas mais à frente). As marcas hoje em dia revendem os usados em melhor estado oriundos de contratos de renting (com historial de manutenção bem documentado, quilómetros certificados, um só registo de propriedade e até três anos de garantia). “No momento em que tira o carro do stand ele passa logo a valer menos 5.000 euros”, nota Pedro Serra, que trabalha por conta própria na compra e venda de usados. Serra, 44 anos, nota que há boas oportunidades para comprar carros em fim de contrato de renting (não de rent-a-car, atenção) ou de leasing, vendidos pelas locadoras, gestoras de frotas e concessionários das marcas. É possível, embora não seja fácil, encontrar carros ainda com a garantia de fábrica e poucos quilómetros. Alguns pormenores, como uma cor mais difícil de despachar, podem ajudar a baixar o preço. “No ano passado comprei uma carrinha Mégane com um desconto de 1.000 euros à Leaseplan só porque era vermelha”, conta. (Foi vendida para utilização na plataforma Uber.) Um vendedor de um concessionário oficial, que preferiu o anonimato, contou como um
SUV de um azul mais exótico foi vendido com um desconto “bárbaro”. Se fizer questão de comprar carro novo há dicas: escolha modelos em fim de carreira para apanhar campanhas promocionais (e porque os defeitos de fabrico foram sendo limados pela marca) e pergunte o preço a concessionários de grupos diferentes e em zonas diferentes do País.
VIAGENS VoarnoNatalpoupou 3.600euros
Cristina Santos queria ir à Namíbia no final do ano. Começou a procurar com antecedência bilhetes num
“COMPREI UMA CARRINHA MÉGANE POR MENOS 1.000 EUROS SÓ PORQUE ERA VERMELHA”, DIZ PEDRO
motor de busca online, o Skyscanner, e pediu para ser notificada sobre as ofertas para aquele destino. Em Julho percebeu que se voasse no dia de Natal, pela TAAG, os bilhetes que custavam cerca de 1.500 euros caíam para menos de 300. Em Agosto comprou três (é casada e tem uma filha) e poupou 3.642 euros. Isto foi no ano passado – este ano vai repetir. “O país é grande”, diz a sorrir. A consultora de sistemas de informação, com 46 anos, usou ainda outro truque – marcou os hotéis através de uma agência alemã e vai poupar “20% a 30%”. A ideia é perceber se há algum país com maior peso especial no turismo do destino para onde quer viajar – como ex-colónia alemã a Namíbia recebe muitos alemães – e procurar as ofertas dos operadores desses países (com condições melhores). Planear a viagem com antecedência (um estudo do site Momondo refere no mínimo 60 dias de antecedência para poupar até 34%) e procurar datas que normalmente as pessoas evitam (dia de Natal, dia 31 de Dezembro) são dois truques para tentar poupar nas viagens. Para quem tenha mais flexibilidade é melhor viajar em Janeiro (o mês mais barato, segundo o Skyscanner), preferencialmente a uma terça-feira (em média 11% mais barato, segundo o Momondo) e de noite (é mais barato e poupa no hotel). Peça para receber notificações sobre os seus destinos – tente ter uma lista para poder escolher o que for mais vantajoso, em vez de se focar apenas num – para apanhar campanhas especiais.
Seguros Outra poupança de milhares à espera de acontecer
Filipe Regueira, que é dono do
franchise da DS Seguros em Santarém, conta que uma vez ajudou um gerente bancário a renegociar o seguro de vida que tinha contratado no próprio banco em que trabalhava. “A maior parte das pessoas não sabe o que está a contratar”, conta Filipe, 37 anos. O seguro de vida obrigatório associado ao crédito habitação é uma fonte potencial de poupança. Não é raro o banco fazer uma “atenção” no
spread para depois carregar em cima dos seguros, deixando as pessoas a pensar que fizeram um bom negócio. Depois há a questão das coberturas. É importante perceber se o seguro cobre Invalidez Absoluta e Definitiva ou Invalidez Total e Permanente – com o primeiro o seguro só paga em caso de morte ou estado vegetativo; é o segundo que interessa, porque pode ser accionado com grau de incapacidade mais baixo (60%). Filipe Regueira, que tal como a já referida Doutor Finanças, presta consultoria na renegociação, refere que é possível reduzir a prestação do seguro de vida associado ao crédito em cerca de 40% a 50% – isto ao mesmo tempo que confirma se tem a cobertura pretendida. Para alguém que pague 50 euros por mês de seguro de vida (por cabeça no casal) um corte de 40% significa 480 euros a menos por ano de despesa. Se faltarem 20 anos para o fim do empréstimo são mais de 9.600 euros de poupança (não esqueça: o custo deste seguro vai subindo com a idade). Há casos em que o banco não levanta obstáculos, outros em que o contrato prevê uma penalização no spread – mesmo essa penalização é negociável e, se for ligeira, pode valer a pena mexer no seguro, nota Filipe Regueira. Tentar e insistir, com apoio de consultores (que em regra não cobram ao cliente, mas ao banco ou à seguradora) ou a solo, é o princípio de tudo. “Poupar é desde logo uma questão de atitude”, remata Filipe.
CRISTINA SANTOS VIAJOU NO DIA DE NATAL E MARCOU HOTÉIS POR UMA AGÊNCIA ESTRANGEIRA