NOVEMBRO: MÊS DE SENSIBILIZAÇÃO PARA O CANCRO DO PULMÃO
No âmbito do mês de sensibilização para o cancro do pulmão, o Diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto fala sobre a evolução dos tratamentos do cancro do pulmão em Portugal e deixa a mensagem positiva de que o futuro destes tratamentos é promissor pois a ciência está a avançar muito rapidamente, estando constantemente a aparecer novas soluções.
Novembro é o mês de sensibilização do Cancro do Pulmão, doença onde surgem mais de 5.000 novos casos por ano em Portugal. Mas, António Araújo, Diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto, sublinha que “desde o início do século XXI que os tratamentos para o cancro do pulmão têm melhorado”. A imunoterapia é uma das grandes revoluções que se destacam no tratamento do cancro do pulmão, com medicamentos que permitem que “deixemos de tratar diretamente o tumor, modelamos o sistema imunológico do doente e este controla a doença. Temos uma maior resposta dos ‘polícias’ do nosso corpo (linfócitos T), um controlo mais eficaz e com menos efeitos laterais”, explica o especialista. Além da imunoterapia a medicina personalizada é também uma realidade cada vez mais presente, sendo que cada tratamento é adaptado às características fisiológicas do doente e às particularidades de cada tumor. Cada cancro do pulmão é um caso. “Cada doente tem características próprias, como a idade, o estado geral, a sua história de tabagismo, as comorbilidades e as suas preferências”, reforça o médico, “porque cada tumor tem as suas mutações genéticas próprias, muitas vezes dependendo do consumo de tabaco e cada um tem também a sua imunogenicidade e os seus mecanismos de fuga ao sistema imunológico”. A esta inovação junta-se ainda a ou seja, medicina de precisão, “medicamentos dirigidos a alvos moleculares específicos, baseados na determinação de mutações genéticas que possam existir no tumor”. O futuro promete mais e melhor. “A ciência nesta área está a avançar muito rapidamente e estão constantemente a aparecer novos medicamentos”, conclui o especialista.
OS TRATAMENTOS PARA O CANCRO DO PULMÃO TÊM MELHORADO