A renovação do Evoque pela Range Rover, uma evolução radical
A Range Rover renovou o Evoque, que chegou ao mercado em 2011. É uma evolução radical ao nível da imagem, do design interior, das motorizações e da tecnologia digital.
O RANGE ROVER EVOQUE é um modelo marcante ao nível dos SUVs do segmento Premium. A elegância da forma foi sempre um grande argumento e assim continua a ser com a nova proposta, que chegará ao mercado em Março com as opções 4x4. Já as propostas 4x2 com o motor 2.0 de 150 cv estão agendadas para Setembro, com um preço a partir de 50 mil euros (mera estimativa).
No campo da forma, os designers encontraram um excelente equilíbrio entre a modernidade e a tradição de um modelo de sucesso. A nova imagem dianteira tem muito a ver com as opções já conhecidas no Velar e isso é bem evidente na grelha dianteira, na forma dos grupos ópticos e nas tomadas de ar dianteiras. Um ligeiro aumento da distância entre-eixos (21 milí- metros) e jantes que podem chegar às 21 polegadas marcam o dinamismo do perfil de um SUV onde a traseira tem (ainda) mais a ver com o Velar, apesar da personalidade do difusor posterior que permite dissipar o fluxo de ar que passa por baixo da carroçaria.
Na transição do passado para o presente do Evoque há uma aposta clara num carácter mais urbano, e é por isso anunciado como “radical” para a “selva urbana”. As jantes enormes e uma menor altura ao solo favorecem o comportamento em asfalto, mas não comprometem o desempenho fora de estrada para quem queira aventurar-se nos maus caminhos. Experimentámos desafios radicais e podemos garantir que o novo Evoque não vai deixar ficar mal quem aposte em aventuras fora de estrada, apesar de sabermos que a esmagadora maioria dos seus clientes nunca o fará...
O exterior acaba por marcar uma evolução importante, mas é no interior que quase se pode falar de revolução. É notória a aposta em potenciar a imagem de requinte e luxo, aproximando o Evoque dos topo de gama da Range Rover, mas também é perceptível a evolução de um design que alia o requinte e, ao mesmo tempo, potencia a funcionalidade e a ergonomia. Se o conforto evoluiu, a imagem interior pode ser aquilo que o cliente quiser. A Range Rover oferece propostas que vão do mais requintado couro às soluções mais inovadoras, realizadas com materiais recicláveis. Segundo dizem, um banco de couro poderá chegar ao mercado com o mesmo preço de um for-
As novidades passam também pela tecnologia digital, bem evidente num habitáculo onde podem surgir três ecrãs
rado com um têxtil produzido a partir de garrafas de plástico. Cada um pode escolher de acordo com a sua consciência. O ambiente está na ordem do dia e as motorizações seguem esse caminho com uma aposta na electrificação, ainda que light. Um sistema tipo MHEV com base numa bateria de 48 volts, com o motor de arranque associado ao alternador e uma bateria de lítio colocada na plataforma, capaz de recuperar a energia das desacelerações e travagens, está associado aos motores 2.0 Ingenium, tanto nas propostas a gasolina como nas opções diesel. Do lado dos gasolina temos o bloco Si4, que nesta opção MHEV oferece 200, 250 ou 300 cv de potência. No lado dos diesel surgem o Td4 de 150 e 180 cv ou o Sd4 de 240 cv. Todos podem contar com tracção 4x2 e 4x4 e uma caixa automática de nove velocidades, salvo o diesel TD4 de 150 cv, que pode
É possível ver, “gravado” pela câmara dianteira com um ligeiro delay, o que está sob o veículo e mesmo visualizar debaixo de água, ao passar um curso de água
ser equipado com uma caixa manual de seis velocidades. Deve ser a proposta mais acessível no mercado nacional (50 mil euros, valor estimado).
Mas as novidade também passam pela tecnologia digital, bem evidente num habitáculo onde, de acordo com os níveis de equipamento (leia-se preço), podem surgir três ecrãs. Um num painel de instrumentos (pode chegar às 12 polegadas) pode ser configurável com as informações privilegiadas pelo condutor. Na consola central, o ecrã inferior está virado para vá- rias funcionalidades de configuração do veículo e de conforto. O superior garante as funcionalidades de info-entretenimento, mas também é o interface para um sistema de câmaras na frente, nos retrovisores e na traseira, que criam uma imagem de 360 graus. Não é uma novidade, mas a grande inovação passa pela visualização.
É possível ver, “gravado” pela câmara dianteira com um ligeiro
delay, o que está sob o veículo e mesmo visualizar debaixo de água, ao passar um curso de água. Mais: um clique na base do retrovisor coloca no “espelho” uma imagem HD do que se passa na traseira, garantindo a visibilidade mesmo que o porta-bagagens esteja a abarrotar. É uma excelente ideia, mas é um opcional que vai custar bom dinheiro. Os verdadeiros preços só serão conhecidos no próximo ano, quando o Range Rover II chegar ao mercado nacional.