SÁBADO

ANTIQUÁRIO­S PARATODOS OS GOSTOS

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Em Lisboa, concentram-se na Rua de São Bento, Príncipe Real, Baixa e Chiado. No Porto, estão mais espalhados. Em comum entre eles, o cuidado na preservaçã­o e divulgação de património móvel. Quem são? Antiquário­s – que vendem mais do que antiguidad­es. Por Filipa Teixeira e Markus Almeida

A NORTE

COMEÇARAM TODOS com 20 e poucos anos, movidos pela paixão, cada qual seguindo o seu caminho e áreas de especializ­ação. Jorge, por exemplo, seguiu as pisadas do pai Ilídio, que já está no ramo há 70 anos. “Como nasci no meio disto, sempre gostei e lidei com este tipo de coisas.” Aos 21 começou a trabalhar por conta própria e hoje, com 46, tem uma loja em Viana do Castelo onde se dedica às temáticas da expansão portuguesa no mundo, com mercadoria­s dos séculos XVI e XVII ou arte da alta época dos séculos XIII e XIV. O que compra, diz, tem de ser de qualidade excecional e é alvo de uma peritagem cuidada para contornar falsificaç­ões. Para isso, o estudo e a sensibilid­ade são essenciais. “O conhecimen­to adquire-se todos os dias pesquisand­o a história das peças, visitando museus, lendo livros. A grande formação de um antiquário dá-se ao longo dos anos.” Sobre o mercado, refere a crise de 2008 como um grande ponto de viragem: “Resistiram os que estão mais bem inseridos e com melhor qualidade”, ou seja, “hoje há menos risco na compra”. Mesmo assim, é importante pedir referência­s sobre a quem se compra uma peça, adverte Jorge.

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 ??  ?? Um retábulo do “mestre de retábulos” Juan de Flandes em cima de uma mesa da época de D. João V, na exposição do antiquário Luís Alegria no The Yeatman Hotel
Um retábulo do “mestre de retábulos” Juan de Flandes em cima de uma mesa da época de D. João V, na exposição do antiquário Luís Alegria no The Yeatman Hotel

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