ENSINO BASEADO NA PRÁTICA É MATRIZ DO IPS
Investigação aplicada e ligação às empresas da região são apostas do Instituto Politécnico de Setúbal, segundo o seu presidente, Pedro Dominguinhos
Com quatro décadas ao serviço do ensino superior público, o Instituo Politécnico de Setúbal (IPS) integra cinco escolas superiores, nos campi do Barreiro e de Setúbal, que abrangem as áreas da engenharia, tecnologia, educação, ciências sociais, desporto, ciências empresariais e saúde. A sua oferta formativa inclui licenciaturas, mestrados, pós-graduações e cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP). Pioneira na formação em domínios como acupunctura, bioinformática e tecnologias do petróleo, a instituição destaca-se ainda pela proximidade às empresas da região.
Que papel ocupa o saber-fazer no Politécnico de Setúbal?
O ensino baseado na prática é central na matriz do IPS. Como ensino superior de cariz profissionalizante, assenta em metodologias ativas e baseia-se na resolução de projetos e problemas, simulações e estágios em contexto real de trabalho. É ainda alicerçado na utilização intensiva de laboratórios, nos quais se simulam práticas, protocolos e técnicas empresariais e se desenvolvem inúmeras experiências que facilitam a compreensão do mundo real e das diferentes profissões.
Em que medida a proximidade da instituição às empresas é vantajosa para os alunos?
Esta proximidade beneficia os estudantes, porquanto permite ao IPS uma capacidade de antecipação das necessidades do mercado de trabalho, o que permite a adaptação dos cursos para responder a estes desafios. Um exemplo que traduz esta realidade é o curso de Tecnologias Informáticas, desenvolvido em parceria com a Deloitte, que pressupõe um curso desenhado em conjunto com a empresa, a utilização de casos reais no processo pedagógico, a interação com clientes e a aprendizagem de tecnologias e processos inovadores, além da participação de quadros da empresa na lecionação. Adicionalmente, existe ainda o pagamento das propinas, pela empresa, aos estudantes e a concessão de uma bolsa de formação.
Para os alunos, no que se traduz essa ligação?
Em primeiro lugar, na realização de estágios, pois todos os cursos possuem um estágio curricular integrado e podem aprender em contexto real de trabalho. Em segundo lugar, pela participação de inúmeros profissionais no ativo na lecionação dos diferentes cursos. E em terceiro, pela possibilidade de participação em projetos e desafios lançados pelas empresas, cujo objetivo é encontrar soluções e implementá-las em contexto organizacional.
Os jovens que saem do IPS, já formados, estão aptos a…
O ensino desenvolvido no IPS assenta numa forte componente técnica e científica, associada ao desenvolvimento das chamadas soft skills. Isso significa que estão aptos a ingressar o mercado de trabalho e a exercer uma profissão qualificada. Sinal desta capacidade é a taxa de empregabilidade do IPS, que se situa nos 97% a nível global, com vários cursos a apresentarem taxas superiores a 99%. Além disso, os estudantes terão a oportunidade de ter uma experiência internacional, quer seja pela mobilidade no estrangeiro (Europa, Brasil, América do Norte, América Latina ou Ásia), quer seja pela internacionalização em casa, através da frequência de várias unidades curriculares em inglês, da participação em projetos internacionais e da interação com centenas de estudantes estrangeiros num campus cada vez mais internacional.