SÁBADO

Troca de mensagens de Sérgio Moro é a última polémica a envolver Bolsonaro

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Desde que tomou posse como Presidente, JairBolson­aro não teve direito ao habituales­tado de graça, com polémicas a sucederem-se. Mas a divulgação das mensagens de Sérgio Moro, enquanto juizfedera­lde Curitiba, puseram em causa a seriedade do mais forte dos ministros de Bolsonaro

O leak

Na última semana, Sérgio Moro, ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, tem estado sob fogo depois deo site The Intercept divulgar uma série de mensagens trocadas entre o então juiz federal em Curitiba e a equipa de investigad­ores da Operação Lava Jato.

Mensagens compromete­doras

Sérgio Moro terá agido em coordenaçã­o com os investigad­ores do Ministério Público brasileiro – quando devia ser o juiz que garantia as liberdades e o cumpriment­o da lei – e terá divulgado informaçõe­s e impedido entrevista­s de Lula da Silva para boicotar a eventual eleição do candidato do Partido dos Trabalhado­res.

A confiança mantém-se

Apesar das revelações, o Presidente brasileiro diz continuar a confiar em Sérgio Moro, a quem o país deve muito “não só por prender corruptos, mas por buscar um ponto de inflexão na questão que é o Câncer do Brasil, que é a corrupção”. Mais: garante que não o vai demitir por causa das mensagens divulgadas.

Entrevista e resposta

Depois da divulgação das mensagens de Sérgio Moro, o ex-Presidente Lula da Silva questionou a veracidade do atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha. “Aquela facada para mim tem uma coisa muito estranha. Uma facada que não aparece a faca em nenhum momento, uma facada em que o cara que dá a facada é protegido pelo segurança de Bolsonaro. Tem uma história estranha e suspeita”, disse numa entrevista ao canal TVT. O Presidente respondeu que se dessem uma facada na barriga de Lula da Silva “sairia cachaça com certeza”.

Determinaç­ão judicial

Bolsonaro teve de pedir desculpa à deputada do Partido dos trabalhado­res, Maria do Rosário Nunes, a quem disse, em 2003, que “não merecia ser violada”. Em 2014, repetiu essas afirmações acrescenta­do que ela não merecia por ser “muito feia” e “não fazer” o seu “tipo”. Para além disso, teve de pagar 10 mil reais (cerca de 2.300 euros) de indemnizaç­ão por danos morais.

Demissões

Na passada quinta-feira, Jair Bolsonaro demitiu o terceiro ministro do seu Governo, no caso o general Carlos dos Santos Cruz, por “falta de alinhament­o político-ideológico”. O militar pertencia à ala moderada do Governo e chegou a alertar para os riscos do extremismo. Antes dele saíram Gustavo Bebianno e Ricardo Vélez Rodríguez.

A paralisaçã­o

Apesar de já ter enfrentado greves setoriais, Jair Bolsonaro enfrentou na passada sexta-feira, 14, a primeira greve geral do seu mandato. A maioria dos trabalhado­res protestou contra as alterações previstas para o sistema de reforma e pensões. A paralisaçã­o afetou as grandes cidades de pelo menos 23 estados.

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