CAMINHOS DA FOTOGRAFIA EM LISBOA
Artistas estabelecidos, astros em potência e estreias absolutas têm lugar na primeira edição do Imago Lisboa, que quer ligar a capital ao que de mais audaz e contemporâneo se faz na fotografia hoje.
DA NOÇÃO de que, apesar da “oferta cultural diversificada” em Lisboa, faz falta ocupar “um espaço inexistente”, nasceu um projeto cujo objetivo é afirmar a fotografia portuguesa no panorama internacional – e aproximar a fotografia internacional dos portugueses.
É o que diz Rui Prata, diretor artístico do Imago Lisboa, que, na primeira edição, pretende dar a conhecer os discursos da fotografia contemporânea até 17 de novembro.
O festival divide-se em três mostras. O Master Show, no Convento da Graça, apresenta cerca de 100 obras do finlandês Pentti Sammallahti, um “nome internacionalmente conhecido da fotografia nórdica”, mas que “pouca ou nenhuma exposição teve no País” – outra das lacunas que o festival pretende colmatar –, com entrada livre.
Já a exposição Novas Visões na Fotografia Contemporânea, nas Carpintarias de São Lázaro e com uma seleção internacional destacada, é autoexplicativa: o curador destaca a colombiana Malú Cabellos, pela “utilização criativa do suporte fotográfico na captação dos índios da Amazónia peruana”, a “linguagem moderna da belga Katrien de Blauwer na exploração do feminismo” ou a “perspetiva documental da americana Nydia Blas das questões raciais e de género” – bilhete a €3. No Museu da Água, e também com entrada livre, a secção Construir Pontes exibe quatro novos autores portugueses de destaque: Augusto Brázio, Luísa Ferreira, Pedro Letria e São Trindade. O festival organiza ainda o Portfolio Review, uma competição de fotografia aberta ao público geral, e uma projeção sobre os 30 anos da queda do muro de Berlim, no dia 24 de outubro, na Casa Independente. ◯
Com três exposições, projeções e uma competição aberta, o Imago visa dar a conhecer os discursos da fotografia contemporânea nacional e internacional em Lisboa