AMOR MINHOTO FAZ OS CORAÇÕES DE VIANA PALPITAR
Inserida na iniciativa “Pulsar Viana”, a instalação interativa de Pedro Amaral Ribeiro traz novas formas de pensar e viver a arte, bem no centro de Viana do Castelo
O coração de Viana é, há muito, o símbolo de uma cidade minhota cheia de orgulho na sua tradição. Os cantares populares, os trajes tradicionais, a festa da Agonia, são símbolos indissociáveis de Viana do Castelo, que procura crescer e inovar sem renegar as raízes.
A iniciativa “Pulsar Viana” é um marco do centro comercial Estação Viana Shopping, que procura enaltecer a região de uma forma moderna e com um cunho cultural. Este ano, Amor Minhoto pôs a cidade no mapa, sendo a maior peça de arte pública em 3D feita em Portugal. A instalação da autoria de Pedro Amaral Ribeiro tem novo impacto e novas camadas a cada aproximação. À distância, é o símbolo da cidade, o coração, a grande escala; mais de perto, é também casa do amor, com um casal em traje regional a namorar à janela; uma última aproximação revela 356 cubos a três dimensões, em que cada um tem impressa uma fotografia diferente alusiva, sempre, à cidade onde se insere. As imagens são da autoria, claro, de dois fotógrafos vianenses: Rui Carvalho e Gualberto Boa-Morte. Os visitantes são convidados a interagir com a instalação de duas formas: no verso da peça, podem desenhar, num projeto de cocriação; na zona frontal, o espetáculo pode ser comandado por cada transeunte, “controlando as animações da iluminação dos cubos e alterando a cor do coração”, explica-nos Pedro.
A peça Amor Minhoto, que estará exposta às portas do Estação Viana Shopping até dia 30 de outubro, vai-se multiplicando em surpresas. Se estiver pela cidade por volta das 21h30, vale a pena passar pela instalação, onde todos os dias há uma componente sonora. Há um tema musical criado especificamente para esta instalação, produzido pelo projeto Phole, de João Gigante. A iluminação reage ao som do tema. Para Pedro Amaral Ribeiro, Amor Minhoto é, além de homenagem à cidade, “um statement”. E finaliza: “É um exemplo das mais novas e emergentes formas de pensar e criar.”