Os objetos do dr. Salazar
Para falar com João Rebelo, o antiquário exigiu, ainda meio desconfiado, um “encontro formal e pessoal” e a subeditora Vanda Marques lá foi de carro, a Azeitão. Na loja, viu de tudo um pouco: vinis, quadros, bustos, roupa militar da II Guerra Mundial, fotografias autografadas dos aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Mas o objetivo era outro: os objetos relacionados com o Estado Novo. Rapidamente, a jornalista percebeu que também era isso que mais interessava ao antiquário, ainda que Oliveira Salazar fosse a cereja no topo do bolo. João mostrou que tem os livros de escola do ditador, fotografias de família e até uma carta da Irmã Lúcia dirigida ao presidente do Conselho. Mas nada disso está à venda. Já o resto fica para quem fizer a maior licitação. “Sou comerciante”, justificou referindo-se ao dirigente fascista como o “dr. Salazar”.
Spa depois da prova de vinhos
A subeditora Rita Bertrand andava numa azáfama a fazer parte de um júri numa prova de vinhos quando lhe coube experimentar várias propostas de spas que fazem o tema de destaque do GPS desta semana. Resultado: no tratamento power nap, o mais original do Sana Malhoa, que promete uma sesta retemperadora, isso não aconteceu. Seguramente não por causa da competência da terapeuta, tendo a jornalista ouvido que tinha uma característica especial que a levava a não desligar: era mulher. “Se fosse homem, dormiria em 10 minutos”, disseram-lhe.
Carros que custam 1 milhão
Automóveis de luxo que se prezem são personalizados, revelaram à jornalista Raquel Lito alguns vendedores de marcas deste segmento. Entre os opcionais destes carros – que chegam a custar 1 milhão de euros – há cada vez mais excentricidades. Exemplos? Tabliês com motivos gravados à escolha do cliente. A eletrificação destes bólides é também o novo caminho, conforme testemunhámos na apresentação do novo Porsche elétrico Taycan numa mansão da Quinta da Marinha, em Cascais.
Investigação made in SÁBADO
Rui Pinto foi acusado de largas dezenas de crimes relacionados com a intrusão nos sistemas informáticos da Doyen, do Sporting, da PGR e da Federação Portuguesa de Futebol. A consulta pormenorizada dos 14 volumes e cinco apensos do processo permite concluir que o pirata informático fez muito mais do que isso. O relatório da análise forense feita pela PJ a apenas um dos 12 discos externos apreendidos mostra que Rui Pinto acedeu não só aos sistemas internos de dezenas de empresas e instituições, mas que o hacker tinha configurado no seu computador 488 contas de email. É esta história incrível que o chefe de redação Nuno Tiago Pinto lhe conta esta semana. ◯