OS DIVÓRCIOS MILIONÁRIOS
Rui Costa dividiu 50 milhões de euros, Tony Carreira os 10 e agora é Hulk que está a oferecer 20 milhões à ex-mulher. As separações mais caras
MANUEL COUTO ALVES, UM DISCRETO EMPRESÁRIO PORTUGUÊS, FOI NOTÍCIA POR A MULHER LHE PEDIR €130 MILHÕES NO DIVÓRCIO
Os valores das separações sobem quando há grandes patrimónios em causa ou quando envolvem artistas ou futebolistas. O mais recente é Hulk, a quem a mulher exige 66 milhões. Antes, já Rui Costa, João Pinto e Simão Sabrosa tinham repartido a sua fortuna em processos litigiosos.
Vinte milhões de euros e 40 dos seus 80 imóveis é o que o jogador brasileiro Hulk está a propor à mulher no processo de divórcio, a fim de evitar mais polémicas. Depois de 12 anos juntos e com três filhos, o ex-avançado do FC Porto decidiu em agosto terminar a relação com Iran. No fim de dezembro, soube-se o motivo: o futebolista, de 33 anos, apaixonou-se pela sobrinha da mulher, Camila, de 31, que a própria Iran havia convidado para morar com eles na China, onde viviam desde 2016. Nessa altura, Hulk assinou contrato com o Shanghai SIPG, que lhe paga 20 milhões de euros por ano. Revoltada com a traição, Iran recusou a proposta, exige €66 milhões e vai a recorrer aos tribunais.
Quando em Portugal ouvimos falar de separações que envolvem milhões ou são divórcios de futebolistas ou de artistas famosos. O cantor romântico Tony Carreira, por exemplo, separou-se em 2014 de Fernanda Antunes, mãe dos seus três filhos. Mas só se divorciaram cinco anos depois, apesar de tudo ter decorrido de forma pacífica. Casados em regime de comunhão de bens, em 1985, o casal dividiu uma fortuna de 10 milhões de euros, além de moradias, apartamentos (um deles na Avenida da Liberdade) e carros de luxo. “A Fernanda é que está à frente da Regi-Concerto, empresa que gere a carreira de Tony e dos filhos, Mickael, David e Sara, por isso é que foi um divórcio civilizado. Não podiam acabar com a galinha dos ovos de ouro”, revela uma fonte próxima. A Regi-Concerto faturou, em 2015, mais de 2,5 milhões de euros, segundo a Forbes. “A partilha dos bens comuns atinge valores elevados quando o matrimónio é duradouro, o regime do casamento é a comunhão geral ou a comunhão de adquiridos e os cônjuges têm, por eles próprios, uma extraordinária capacidade de enriquecimento pela via do exercício da sua profissão, caso de um artista”, explica à SÁBADO o advogado Dantas Rodrigues.
Os divórcios em torno de grandes fortunas e pensões de alimentos de valores exorbitantes são, normalmente, de magnatas norte-americanos, oligarcas russos ou estrelas de Hollywood. Em Portugal, são raros, mas em 2014, Manuel Couto Alves, um discreto empresário português da construção civil, dono do grupo MCA, foi notícia no jornal britânico Daily Q