AS DINASTIAS AZUIS: TAL PAI, TAL FILHO
Há apelidos que marcaram o passado do CDS. Agora fazem parte do futuro: há dirigentes centristas que são filhos de históricos do partido. Até há casais.
Onovo líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, quer que “o tal novo partido antigo represente a nova direita em Portugal” – e promoveu para a sua direção rostos da nova geração de centristas. Mas Francisco Rodrigues dos Santos também defende os valores da família tradicional, tendo sido esse um dos pontos fortes do seu percurso de afirmação na JP, a Juventude Popular. Aliás, no congresso apelou a pais e avós que confiassem nele como confiam nos seus filhos e netos. Parece que aconteceu isso mesmo.
As duas coisas, família e renovação, encontram-se na composição dos vários órgãos dirigentes do atual CDS: alguns dos novos elementos pertencem a linhagens familiares no partido, alguns mesmo com pergaminhos na história do partido. Há Moreiras (pai e filho), Laplaines Guimarães (de novo pai e filho), e até três Anacoretas Correias (três na atual direção, outros no passado), Duque filho e Duque pai, Núncio pai, já mais retirado, e Núncio filho, em ascensão. É certo que as coincidências familiares no mesmo partido não são exclusivo do CDS (há descendentes até no Comité Central do PCP) e não é inédita entre os centristas, onde o clã Queiró marcou uma época, mas manifesta-se agora no CDS com especial expressão.
A SÁBADO falou com vários elementos da nova geração e com membros da atual direção de Francisco Rodrigues dos Santos. A maior parte reconhece que crescer num ambiente politizado e influenciado pelos valores da democracia-cristã acabou por ter algum peso no percurso político. Bernardo Núncio viveu a adolescência a ver o pai na televisão como secretário de Estado. W
HÁ TRÊS DIRIGENTES ANACORETA CORREIA: O EX-DEPUTADO FILIPE, A MULHER, CECÍLIA, E O IRMÃO JOSÉ