PIOR QUE A COVID-19 É O COVID IZER…
…informações falsas espalham-se pelas redes sociais e são atribuídas a médicos ou a publicações de referência para terem credibilidade
BEBER MUITA ÁGUA
Circula a informação de um suposto médico japonês que garante que quem for infetado, deve beber muita água para que o vírus transite para o estômago sem se alojar, primeiro na garganta, e depois nos pulmões. Sally Bloomfield, professora na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, explicou à BBC que os vírus transmitidos pelo ar entram no corpo através do trato respiratório. Alguns entram pela boca, mas beber muita água não irá impedir que se seja infetado.
ÁGUA QUENTE
“Este coronavírus foi considerado muito sensível ao calor. Então, por favor, beba mais água quente. Coisas frias são estritamente proibidas. Leve água quente em garrafas térmicas quando sair. O banho quente também aumenta a imunidade”, diz uma mensagem no WhatsApp, falsamente atribuída à Unicef. Algumas organizações desmentiram-na, explicando que a temperatura do corpo humano é de pelo menos 36º. Beber água, chá ou café a 26º ou 27º não previne ou elimina o vírus. Apenas desinfetantes têm eficácia comprovada contra a covid-19.
MINERAIS “MILAGROSOS”
Jordan Sather, um youtuber com milhares de seguidores, escreveu no Twitter que havia um suplemento mineral milagroso, chamado MMS, que, além de matar células cancerígenas, também ajuda a eliminar o coronavírus. A agência americana Food and Drug Administration disse desconhecer qualquer “pesquisa que mostre que esses produtos são seguros ou eficazes para tratar qualquer doença”.
ALHO
Inúmeras publicações partilhadas no Facebook aconselham comer alho para prevenir infeções, incluindo de coronavírus. A Organização Mundial da Saúde explica que, embora seja "um alimento saudável que possa ter algumas propriedades antimicrobianas, não há provas de que o alho possa proteger do novo coronavírus”.
PLÁSTICO BOLHA DA CHINA
Circulou a informação de que os plásticos bolha continham ar com o coronavírus. O Ministério da Saúde brasileiro desmentiu-a, garantindo que “não há nenhuma evidência de que produtos enviados da China tragam o novo coronavírus”.