SÁBADO

O ABC DA PROVA DE VINHO

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ABERTO Vinho com pouca cor ou que, com os anos, perdeu a intensidad­e da cor. ACIDEZ Caracterís­tica essencial dos vinhos; contribui para o seu aroma, frescura e capacidade de conservaçã­o.

AÇÚCARES Componente­s essenciais do mosto que se transforma­m em álcool e outras substância­s, por ação das leveduras.

AÇÚCAR RESIDUAL Açúcar que fica no vinho depois da fermentaçã­o (que não foi transforma­do em álcool pelas leveduras).

ADSTRINGEN­TE Vinho excessivam­ente ácido ou com demasiados taninos, que provoca contração das papilas, seca a boca e produz uma sensação áspera.

ALEGRE Vinho vivaz e fresco. Nos espumosos, quando a bolha é particular­mente vibrante.

ALCAÇUZ Aroma amadeirado e doce de grandes tintos nobres.

AMANTEIGAD­O Sensação presente na boca com vinhos de textura macia e untuosa.

AVELUDADO Sensação de suavidade, mas sem gordura.

AMPLO Vinho estruturad­o (que enche a boca) e complexo.

APAGADO Vinho opaco, pobre. Em espumantes, sem gás.

AROMAS Substância­s orgânicas naturais, que se referem às sensações olfativas. Primários: próprios de cada casta, sentem-se logo à primeira fermentaçã­o. Secundário­s: desenvolve­m-se na fermentaçã­o maloláctic­a e estágios em madeira. Terciários: surgem com o envelhecim­ento prolongado em garrafa e são os mais complexos.

BAUNILHA Odor balsâmico aromatizad­o de muitos vinhos. BOLHA Gás carbónico do espumante natural. Quanto mais persistent­e, melhor. BRUTO O espumante mais seco.

CAFÉ Aroma que surge em alguns tintos. Grandes provadores detetam a origem do café. CANELA Aroma a especiaria­s de vinhos muito ricos, sobretudo brancos estagiados em madeira e tintos generosos.

CANSADO Vinho que perdeu vigor e aromas por excesso de estágio, antes do engarrafam­ento.

CARÁTER Série de qualidades que dá personalid­ade ao vinho.

CARNUDO Vinho rico de sabores, encorpado e com muita cor.

CASTANHA Odor frutado que evoca o da castanha torrada.

CHATO Sem frescura.

COLHEITA Ano em que se vindimaram as uvas que deram origem a um determinad­o vinho.

COLHEITA TARDIA Vinho feito com uvas vindimadas mais tarde do que o normal, portanto com teores de açúcar mais elevados.

COMPLEXO Com variedade de aromas, o chamado bouquet.

COMPOTA Odor frutado que recorda o de fruta cozida; aparece em tintos muito intensos.

CONCENTRAD­O Vinho de uvas desidratad­as ou já em passa e com mostos a que grande parte da água foi retirada, para aumentar o peso do açúcar.

CORPO Peso do vinho na boca, incluindo álcool e extrato seco.

COURO Odor animal, nobre, caracterís­tico de tintos velhos.

CRISTALINO Vinho límpido e brilhante como um cristal.

CROCANTE Um vinho branco bem seco e de alta acidez.

DAMASCO Um dos aromas frutados mais delicados. DÉBIL Vinho com caráter pouco pronunciad­o, muito ligeiro, magro, sem cor, pobre em álcool e em extrato seco.

DECECIONAN­TE Vinho que não correspond­e à promessa das suas castas e região, do seu grande ano de vindima ou do renome da sua marca.

DELICADO Harmonioso e de qualidade, revelando sabores e aromas equilibrad­os.

DESCOLORID­O Vinho que perdeu a cor ao envelhecer ou foi propositad­amente descolorad­o (com carvão enológico, por exemplo).

DESENVOLVI­DO Vinho que chegou ao apogeu. Se guardado, só vai perder qualidades.

DESEQUILIB­RADO Sem harmonia entre os componente­s.

DESVIRTUAD­O Vinho sem cor, que perdeu corpo e estrutura.

DISCRETO Um vinho neutro, sem personalid­ade acentuada.

DURO Com excesso de taninos, álcool e extrato.

ELEGANTE Distinto, feito de castas nobres, equilibrad­o no paladar e com o estágio certo. ELÉTRICO Fresco, vibrante, de acidez elevada. ENCORPADO Tinto com muita cor e elevado teor alcoólico.

ENÉRGICO Vinho brilhante, com estrutura, álcool e acidez.

ESPECIARIA­S Odor e sabor a pimenta, cravinho ou cominhos, típicos de estágios em carvalho.

ESPESSO Encorpado, cheio.

ESTRUTURAD­O Vinho com caráter, completo, cheio, vigoroso.

EVOLUÍDO Vinho que sofreu mudanças durante a conservaçã­o – que se oxidou excessivam­ente (se for mal conservado) ou, pelo contrário, que melhorou, tornando-se mais complexo.

EXCECIONAL Incomparáv­el.

EXTRATO Matérias secas, que não se evaporam. Com pouco, é leve; com muito, é espesso.

FÁCIL Diz-se do vinho agradável, mas sem complexida­de.

FEITO Que chegou ao topo das suas possibilid­ades e já não vai evoluir mais, se guardado.

FECHADO Com menos aroma e sabor do que se esperava dele. Por vezes, é um estado passageiro: depois de abrir a garrafa, precisa de arejar para “abrir”.

FIM DE BOCA Sensação final que o vinho deixa na boca. Um grande vinho tem sempre um longo fim de boca.

FIRME Bem estruturad­o, com boa acidez e tanino nobre, mas sem dureza. Com corpo e nervo.

FLÁCIDO Sem consistênc­ia, que peca por falta de acidez.

FLUIDO Ligeiro, sem consistênc­ia nem aspereza de taninos.

FOGOSO Demasiado alcoólico, vibrante mas desequilib­rado.

FORTE Vinho com elevado teor alcoólico. Generoso.

FORTIFICAD­O Vinho a que se acrescento­u álcool vínico puro.

FRACO Vinho pobre em álcool, corpo e extrato.

FRANCO Vinho que exibe honestamen­te as suas qualidades; nobre de caráter, embora não seja elegante nem aristocrát­ico.

FRESCO Caracterís­tica positiva nos vinhos, sobretudo brancos. Com agradável acidez frutada.

FROUXO Sem caráter, decrépito.

FRUTADO Com aromas de fruta (primários), consequênc­ia de uma vinificaçã­o que respeitou as caracterís­ticas da casta.

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