ENTREVISTA
Via Google Meet, conversámos com três atores da série de sucesso espanhola cuja quarta temporada estreia a 3 de abril, na Netflix.
Como diria que está psicologicamente a sua personagem neste início de quarta temporada de A Casa de Papel? O que podemos esperar dela?
O que há (se é que há alguma coisa) da sua personagem em si? Há algum traço de personalidade que reconheça que partilha com ela?
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No início desta temporada há uma tensão no Banco de Espanha que faz com que todos mostremos a nossa melhor e a nossa pior cara. O Denver está à procura de segurança na relação com a Estocolmo e está a comportar-se de uma forma muito questionável e a provocar situações feias.
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Sim, sinto que tenho características dele. Como o Denver, eu sou uma pessoa muito impulsiva, muito passional. Penso que se estivesse no contexto em que ele está não me comportaria como ele (nem perto), mas é verdade que me deixo levar muito pelo emocional. Temos isso em comum.
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A vida dele sem a adrenalina dos dias em que esteve dentro do assalto, quando se sentiu como um herói, não tem valor. Agora ele diz que quer conhecer o filho mas é mentira, ele quer ser o centro do universo. É o Arturito. Ele precisa de criar confusão entre a Estocolmo e o Denver.
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A Estocolmo está, obviamente, com muito medo mas penso que no caso dela o medo está a fazer com que se reafirme na sua decisão de estar ali e na sua busca desesperada por ser útil dentro da situação em que se encontra. Vai encontrar bastantes conflitos que não esperava.
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Partilhamos o sentido de justiça. Penso muito no que é justo e injusto, mesmo que na verdade não o saiba dizer. Essa luta da Estocolmo de levar as coisas até ao fim porque considera que isso é o justo é uma coisa em que me revejo.
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Nada, nada. Não tenho nada a ver com o Arturito. [Não terá mesmo: Enrique começa a conversa a perguntar-nos, num português que domina, de onde ligamos – de que zona da cidade de Lisboa ligamos; depois fala das saudades que tem de Sintra e de como regressará logo que possa.]