SÁBADO

O mistério de Ovar

O custo do hospital é secreto. E só teve cinco doentes

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O hospital de campanha de Ovar, no Arena Dolce Vita, entrou em funcioname­nto dia 13 de abril. Em uma semana, as 38 camas só receberam um total de cinco doentes, confirmou fonte da autarquia.

Os valores do negócio estão a causar incómodo na terra. O PS local não sabe quanto custou. “Já ouvimos vários valores diferentes. 100 mil euros? 150 mil? 200 mil euros? Mesmo enquanto vereador, não sei. O PS Ovar já enviou um pedido formal à autarquia”, explicou à

SÁBADO o vereador socialista Artur Duarte.

“Solicitamo­s, o quanto antes, que nos seja facultada a informação sobre todas as medidas tomadas partir do dia 17 de março de 2020, síntese dos fundamento­s que lhes deram origem e respetivos impactos financeiro­s das mesmas”, lê-se na carta dos socialista­s, a que a

SÁBADO teve acesso, enviada a 18 de abril.

A escolha do Arena Dolce Vita para hospital de campanha é polémico por outros motivos. De acordo com os socialista­s, a diocese do Porto ofereceu para o efeito a Casa de São Paulo, com 53 quartos e 128 camas. “Não se percebe como é que se gastou 100 mil euros ou mais. Havia alternativ­as mais baratas”, disse o mesmo vereador.

A SÁBADO enviou um conjunto de perguntas ao gabinete do presidente da câmara de Ovar, Salvador Malheiro, mas não obteve resposta. O concelho esteve sujeito a um cerco sanitário para controlar a epidemia.

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