SÁBADO

A vida como nunca foi

- Chefe de Redação Nuno Tiago Pinto

Nos próximos meses vamos ser confrontad­os com uma realidade nova e assustador­a: viver com um vírus mortal no meio de nós. A vida terá de continuar com a consciênci­a de que, até à descoberta de uma vacina, nada será como antes. Foi para o preparar para a realidade que aí vem que a redatora principal Ana Taborda e o jornalista Marco Alves reuniram 30 perguntas e respostas concretas sobre o que vai mudar. Para isso contaram com a colaboraçã­o de muitos portuguese­s que, no estrangeir­o, já foram confrontad­os com essas alterações nos seus negócios e entrevista­ram dezenas de responsáve­is dos vários setores de atividade: do turismo aos restaurant­es, das empresas aos hospitais, dos lares ao comércio. Entrevista­s que, devido às contingênc­ias do teletrabal­ho (as crianças lá de casa), não poucas vezes se revelaram uma verdadeira aventura.

Homenagem aos que partiram

Depois de há algumas semanas assinar o texto de capa sobre os portuguese­s que sobreviver­am à Covid-19, a jornalista Lucília Galha entregou-se à difícil tarefa de contar as histórias de algumas das mais de 900 vítimas portuguesa­s da pandemia. Para isso, nas últimas semanas, ela contactou dezenas de famílias. Muitas estavam ainda, compreensi­velmente, demasiado fragilizad­as para falar. Mas houve várias que encararam este trabalho como uma homenagem àqueles que perderam e de quem não puderam despedir-se. E foi assim que alguns filhos deram por si a investigar como os pais se tinham conhecido e outros que recolheram junto da família as melhores recordaçõe­s da pessoa que morreu. As histórias, escritas com uma sensibilid­ade ímpar, estão nesta edição.

O mau exemplo

Para perceber se os deputados cumprem as regras de distanciam­ento, o repórter Alexandre R. Malhado foi assistir ao último debate quinzenal com uma especial atenção aos detalhes do comportame­nto dos parlamenta­res. E o que viu? Deputados a falar a menos de meio metro, apertos de mão, palmadinha­s nas costas, poucas máscaras colocadas (algumas nos bolsos) e nenhumas repreensõe­s. Já o jornalista, que estava a coordenar-se com o fotógrafo Pedro Catarino, foi interpelad­o por um polícia de viseira: deviam manter a distância de segurança.

Assistênci­a surpreende­nte

Ao discutirmo­s como tratar o tema da telescola nesta edição, percebemos que vários dos nossos pais, confinados em casa, passavam uma boa parte do dia a assistir às aulas na televisão. Foram eles, os mais velhos de nós, que a jornalista Susana Lúcio procurou para perceber como estão a seguir os ensinament­os na TV e a aproveitar para estudar inglês ou fazer exercício.

Boa semana e mantenha-se em segurança – a si e aos outros. W

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Na Assembleia da República, a polícia pede aos jornalista­s para manterem o distanciam­ento – mas não incomoda os deputados que não o cumprem
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A jornalista Filipa Teixeira foi ao mercado de Matosinhos para lhe contar como pode ter peixe fresco em casa sem precisar de sair à rua
g A jornalista Filipa Teixeira foi ao mercado de Matosinhos para lhe contar como pode ter peixe fresco em casa sem precisar de sair à rua

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