Vinhos Colinas do Douro, uma proposta Superior na região e na qualidade
De um Douro colado ao Planalto Beirão, de altitude superior a 600 metros, a assegurar a frescura, e reserva de biodiversidade, vêm os vinhos sem par de Diogo Mexia e Jorge Rosa Santos. Conheça-os.
A METÁFORA ajusta-se na perfeição aos vinhos Colinas do Douro. Vindos da sub-região duriense chamada Superior, no Extremo Sudeste, a caminho da Beira e suas serras, numa transição entre solos de xisto e granito, vão a caminho do céu, não só por serem próximos do divinal, mas porque é altaneiro o seu terroir, a 640 metros, o que lhes dá caráter único, distinto do daqueles que vêm dos vizinhos Baixo e Cima Corgo.
É o que Jorge Rosa Santos, enólogo do projeto, faz questão de destacar: “Há aqui elegância e mineralidade ímpares, além de complexidade, músculo e concentração, o que dá grande longevidade a estes vinhos.
Mesmo sem barrica, evoluem.” Portanto, estão prontos agora, mas a sua qualidade ainda sobe, se guardados, como provou à SÁBADO, com garrafas de diferentes colheitas, num almoço no restaurante Lisboa é Linda, ao Cais do Sodré, pouco antes de a pandemia explodir.
Do portfólio da empresa, contígua à ribeira de Aguiar, onde fica a célebre Quinta da Lêda, de onde vem o Barca Velha, fazem parte os vinhos Colinas do Douro, que expressam a região de forma contemporânea, com estilo mas sem exuberâncias, e também a gama Quinta da Extrema, “que é mais conceptual e diferenciadora”.
Esta marca bebe o nome a uma propriedade de 450 hectares, a mais singular das quatro que detém, com os seus 105 hectares de vinhas em socalcos, com exposição norte, de castas autóctones, como Tinto Cão, Tinta Roriz, Touriga Nacional, Rabigato ou Viosinho, e algumas estrangeiras de prestígio, a inspirar monovarietais diferentes a cada ano, “sempre surpreendentes”, como aponta Diogo Mexia, diretor-geral deste projeto com uma década, associado à Plataforma Europeia da Biodiversidade, tendo, por isso, também por missão “respeitar escrupulosamente a natureza”.
Não por acaso, olhando a paisagem, quase nem se dá pelo nascimento da sua nova adega, assinada por Eduardo Souto de Moura e Ricardo Sousa Santos, a inaugurar em breve: “São 3.500 m2 em material sustentável, com o mínimo impacto ambiental possível.” W
Do portfólio da empresa fazem parte as marcas Colinas do Douro e Quinta da Extrema, esta para vinhos mais conceptuais e diferenciadores