JOSÉ PACHECO PEREIRA
Disse e repito sobre a cerimónia do 25 de Abril: tinha de ser feita com todas as recomendações da DGS, mesmo assim havia o risco de ser sentida como desigualdade, nenhum dos casos em que foi apontada a desigualdade era pertinente (missas, funerais, etc.), e que, não para todos, mas para alguns dos mais violentos críticos, era por ser uma comemoração do 25 de Abril. Se fosse o 10 de Junho não tinha havido uma tempestade tão vocal.
Repito agora para o Primeiro de Maio da CGTP: tinha de ser feita com todas as recomendações da DGS, mesmo assim havia o risco de ser sentida como desigualdade, o caso mais flagrante de desigualdade, o 13 de Maio, não colhe pelo que se dirá a seguir, mas para alguns dos mais violentos críticos era por ser uma comemoração do Primeiro de Maio e ser a CGTP a fazê-la. Se fosse o 10 de Junho, ou o 13 de Maio, não tinha havido uma tempestade tão vocal.
Há neste último caso uma diferença abissal: a CGTP propôs e negociou com o Governo as condições para a realização do Primeiro de Maio, incluindo os transportes e a celebração, e mais ninguém, a começar pela Igreja, o fez, porque tanto quanto sabemos nenhum pedido foi feito para fazer o 13 de Maio em Fátima. Agora, seguindo o exemplo da CGTP, a Igreja fez o pedido e negociou, e esse foi normalmente aceite. Tenho a certeza de que se a Igreja tivesse feito idêntico pedido, antes de ir a reboque da CGTP, este teria sido aceite. Por isso, se há alguma coisa a apontar, não é à CGTP. Os críticos teriam razão, se o pedido da CGTP tivesse sido aceite e o da Igreja não. W