“SOU MAIS ESCRITOR QUE MÚSICO”
ENTREVISTA MOSES SUMNEY
São 11h da manhã na Carolina do Norte, onde Moses Sumney vive desde os 16 anos. É em casa que nos atende o telefone, com um bocejo. “Desculpe, acabei de acordar e ainda estou na fase de me espreguiçar”, justifica-se, antes de começar a conversa sobre grae, o seu novo álbum de originais, que terá edição física em formato duplo a 15 de maio, data de lançamento da segunda parte nas plataformas digitais, onde a primeira estreou em fevereiro, sob aplauso generalizado da imprensa especializada.
Pelo meio, o músico que deveria estrear-se em julho em Portugal, no NOS Alive, diz que durante o confinamento tem passado os dias em casa, saindo apenas para curtos passeios pela natureza e pelo seu quintal.
Como tem lidado com a pandemia?
Tenho tido alguns cancelamentos, mas estou sobretudo preocupado com a digressão que começo no outono. Ainda estou à espera, para ver se vai acontecer. E como normalmente não posso estar em casa, agora estou a tentar encontrar o lado positivo e desfrutar do meu tempo aqui. Já me adaptei completamente a esta vida.
O tema do isolamento é constante na sua música. Sente-se sempre sozinho?
Há uma solidão silenciosa, que é constante na minha vida e, depois, há períodos em que essa solidão é mais vincada.
É o caso desta altura de confinamento?
Não me sinto só, embora esteja sozinho.
Grátis em grae,