A MÁQUINA DE CENSURA CHINESA DA TIKTOK
TRUMP CONTRA O TIKTOK
O TikTok criou uma máquina de censura e recolha de dados biométricos. Agora enfrenta os EUA
Pais comicamente ofendidos, ébrios concertos de piano e teorias da conspiração sobre crianças traficadas escondidas em armários: é um fim de tarde normal na TikTok, a app de partilha de vídeos usada por mais de 500 milhões de pessoas no mundo ocidental.
As coisas não parecem ser muito diferentes na Douyin, a versão chinesa da TikTok, em que um boom de vídeos em direto forjou novos milionários das redes sociais. Nos bastidores, no entanto, os cidadãos chineses que alimentam esse streaming de vídeo são sujeitos a um complexo regime de vigilância e censura automatizados.
Um dos sistemas usados pode recorrer ao reconhecimento facial para analisar as emissões dos que fazem estes vídeos em direto para calcular a sua idade e denunciá-los a um moderador humano se parecerem ter menos de 16 anos.
Outro verifica se o rosto dos utilizadores corresponde ao dos seus bilhetes de identidade antes de os deixar transmitir vídeos, excluindo automaticamente estrangeiros e pessoas de Hong Kong.
Um terceiro atribui aos autores dos vídeos, de quem se espera que preservem “a ordem pública e os bons costumes”, uma “classificação de segurança”, semelhante a uma “pontuação do crédito”. Se descerem abaixo de um certo nível, são automaticamente punidos.
Ao mesmo tempo, é usado o reconhecimento de voz e de mensa- Q