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Francisco Cipriano está em destaque na moda e na publicidade
O lado sério
Tem 51 anos, é geógrafo e entrou para a administração pública em 1992, sempre ligado à gestão de fundos comunitários. Esteve duas temporadas na Comissão Europeia e quando veio de Bruxelas trabalhou em gabinetes de secretários de Estado mais uma vez ligado aos fundos. Hoje está na Gulbenkian, numa lógica um pouco inversa – ajuda a fundação a concorrer a projetos com financiamento comunitário. “Este é o meu lado sério”, diz.
Pesadelo
Já não se imagina sem barba, mas no início as pessoas à sua volta diziam-lhe que parecia um velho. “Às vezes sonho que corto a barba e fico em pânico”, revela.
A barba
Tornou-se a sua imagem de marca há sete anos, embora a sua agência na época não concordasse. Hoje usa-a mais curta e com o bigode mais pronunciado. “Foi uma quebra de conceito, uma realidade que não existia na moda e na publicidade em Portugal”.
A loucura dos 40
Por volta dos 40 anos houve uma grande mudança na sua vida, que, conta, teve a ver com uma “espécie de desgaste e o surf foi um catalisador de uma série de processos”. Ao mesmo tempo , surgiu a moda. Francisco começou por fazer trabalhos pequenos de publicidade até que se olhou ao espelho e sentiu que a sua imagem estava “esgotada”. Quis criar qualquer coisa diferente e surgiu a ideia da barba. “Fui influenciado pelo fotógrafo inglês Brock Elbank, que fotografa pessoas da minha idade, contactei-o, perguntei se queria fazer umas fotos comigo e fui a Londres ter com ele”.
Campanhas
Quando mudou de imagem, Francisco foi escolhido para protagonista da campanha internacional da Mercedes e de outras marcas, como os vinhos do Dão ou a NOS.
Maior lição
Na fase dos 40, precisava de sair da sua zona de conforto e escalou o Kilimanjaro. “Ter tido a coragem para fazer uma coisa tão difícil em termos físicos, foi a maior lição de vida. Foram sete dias de escalada a caminhar e a acampar, em condições climatéricas extremas”. W