Livros Subterrâneo, o recém-editado livro de estreia do bestseller James Rollins
A saga da agência secreta Força SIGMA tornou James Rollins um dos autores mais lidos no mundo, mas em Subterrâneo, o romance de estreia recém-editado em Portugal, já prenuncia o seu estilo singular.
A HERANÇA DE JUDAS, o quinto dos 15 volumes que compõem a saga da Força SIGMA, é, talvez, atualmente o mais pertinente entre os livros do prolífico James Rollins – pseudónimo do ex-veterinário norte-americano James Paul Czajkowski, atualmente a viver na Serra Nevada com os seus dois cães, passando o tempo a escrever e a caminhar – editados em Portugal: passa-se num cenário de pandemia mundial.
Originalmente publicado em 2007 e lançado no nosso país em 2018, tem os ingredientes habituais dos romances do escritor: teorias da conspiração, suspense, investigações históricas, achegas ao mundo científico e um ritmo narrativo alucinante.
A ação é constante: não há momentos introspetivos. Também tem um toque romântico, um vilão odioso e pesadelos terríveis
O que os leitores portugueses não sabiam é que a génese desse estilo singular, que fez de Rollins um dos autores mais vendidos no mundo, bestseller recomendado pelo
The New York Times – que o definiu como uma fusão de Michael Crichton (o criador da saga Parque Jurássico)e Dan Brown (autor de O Código Da Vinci), misturados num acelerador de partículas – ou pela revista People, está já em Subterrâneo, o romance de estreia, de 1999, que acaba de chegar aos escaparates nacionais.
Como o título indicia, é uma viagem às profundezas da Terra, descrita num registo mais assustador do que a que Júlio Verne escreveu no século XIX.
A equipa de especialistas que empreende esta missão à Antártida – a arqueóloga e antropóloga Ashley (uma espécie de Indiana Jones no feminino, herói que James Rollins transportou para um tal Reino da Caveira de Cristal, numa sequela de 2008), o espeleologista Ben, a bióloga marinha Linda e o geólogo Khalid – pretende ser a primeira a voltar com vida do que se esconde por baixo do gelo, entre grutas e rios com tenebrosas criaturas, desvendando mistérios do planeta que refutam toda a ciência em torno da evolução, desde o tempo em que um asteroide matou os dinossauros.
A ação é bem ritmada e constante: não há momentos introspetivos. Também tem um toque romântico pelo meio, um vilão odioso e mesmo os sonhos são pesadelos terríveis, com um papel essencial no desfecho. Pode não ser tão entusiasmante (e plausível, já agora) como a saga da Força SIGMA, mas adrenalina e entretenimento não faltam neste Subterrâneo.