SÁBADO

O horizonte 2030 para Albufeira

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Este conjunto de conferênci­as e debates com especialis­tas, políticos e elementos da comunidade local, gira em torno das quatro agendas estratégic­as que integram a Estratégia Portugal 2030 para o desenvolvi­mento da economia, da sociedade e do território de Portugal no horizonte de 2030. Como referiu José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, “um dos objetivos é alinhar a estratégia de Albufeira 20/30, cujo plano estratégic­o está a ser elaborado, através dos contributo­s das mais diversas áreas para se encaixar na estratégia Portugal 20/30”. Acrescenta­ndo que assim, “quando surgirem as candidatur­as aos fundos europeus teremos o caminho traçado, com um rumo à vista, e poderemos atingir o que desejamos e que é construir o futuro”.

Sobre a mesa, as quatro Agendas que norteiam a Estratégia Portugal 2030, aprovada na reunião do Conselho de Ministros de 29 de outubro de 2020, a qual consubstan­cia a visão do governo para a próxima década, sendo o referencia­l para os vários instrument­os de política, como sejam o Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a (PRR) e o próximo quadro comunitári­o de apoio 2021-27 (Portugal 2030), Estes documentos têm a intenção primordial de recuperar a economia e proteger o emprego, bem como fazer da próxima década um período de recuperaçã­o e convergênc­ia de Portugal com a União Europeia, assegurand­o uma maior resiliênci­a e coesão, social e territoria­l.

Os quatros eixos

O primeiro eixo é a Agenda 1 coloca as pessoas no centro das preocupaçõ­es e pretende promover uma sociedade mais inclusiva e menos desigual, respondend­o ainda aos desafios da transição demográfic­a e do envelhecim­ento. A Agenda 2 versa sobre a transição digital e à indústria 4.0 especialme­nte no que se refere às novas dinâmicas de cresciment­o setorial pós-COVID. Sobre esta temática, José Carlos Rolo salientou que “as tecnologia­s não são apenas más e neste período de pandemia disseram-nos que é possível o teletrabal­ho, as aulas, as reuniões e esta é uma realidade que acompanha a mudança do paradigma social”. A Agenda 3 está focada na transição climática e na sustentabi­lidade, lembrando José Carlos Rolo que “o Algarve tem um sério problema ao nível da agua e só não temos um problema paralelo à da Covid-19 porque tivemos dias de fortes chuvas, mas desde 2005, em que a seca se fez sentir, que nada foi feito para além da barragem de Odelouca. Temos a sorte de estarmos rodeados de mar e sabemos hoje que a dessaliniz­ação já não é o problema que foi há uns anos atrás”.

A Agenda 4 visa a coesão territoria­l, a fim de promover um desenvolvi­mento harmonioso do conjunto do território nacional e, em especial, contribuir para reduzir a disparidad­e entre os níveis de desenvolvi­mento das diversas regiões, acrescenta­ndo José Carlos Rolo que “novas medidas terão que ser tomadas para acabar com a separação de litoral e interior”.

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