GUIA DAS IDEIAS PARA O FUTURO DE ALBUFEIRA
rabalhar em rede, a transição digital, a sustentabilidade e o ambiente, a diversificação da economia local e da oferta turística, a qualificação/ /reconversão de recursos humanos, das infra-estruturas hoteleiras, do concelho, a inovação foram as palavras chave do Albufeira 21 Summit.
Oobjetivo deste Summit era contribuir e ajudar a elaborar um plano estratégico a uma década. Como referiu José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira, no balanço final, foram realizadas conferências abrangentes, “que terão consequências para o município e para o seu desenvolvimento nos próximos 10 anos”, tirando partido dos fundos comunitários, no âmbito do PRR e do Portugal 20/30.
O balanço de José Carlos Rolo começou pela área social com o novo paradigma de intervenção social de disponibilização de mais apoio domiciliário aos idosos substituindo os lares, e incentivo ao trabalho em rede que foi uma nota transversal às várias abordadas durante esta cimeira. Na área da saúde foi registada a necessidade de melhoria das condições de trabalho nos centros de saúde do concelho. Essenciais são os cuidados de proximidade e a promoção da transição digital no setor da saúde, com a telemedicina e atenção à saúde mental. Relativamente ao património, a promoção do turismo cultural, “indo ao encontro do chavão da diversificação da atividade turística, não apenas do sol e praia, se bem que este será sempre o ponto forte, mas deve haver outros ‘clusters’”, sublinhou José Carlos Rolo, como o projeto do Geoparque Algarvensis em parceria com os municípios de Loulé e Silves e ainda o AMPIC em parceria com os municípios de Silves e Lagoa.
Aposta no sol e mar
Na juventude e desporto foi discutida a questão de trabalhar com os jovens e não para os jovens, numa mudança de paradigma, “temos de chamá-los para a solução”. Na questão do desporto na juventude, foi defendido o trabalho em rede entre clubes, autarquia e associações desportivas e de jovens. Na segurança e proteção civil, a prevenção é a grande aposta, com normas de segurança mais rigorosas na animação noturna e implementação de um sistema de georreferenciação dos locais para melhorar a rapidez no socorro às pessoas, um pouco a exemplo da cidade dos 15 minutos. “E é mais uma vez a transição digital a surgir”, alertou José Carlos Rolo. No turismo mantém-se a aposta no sol e praia, mas falou-se na requalificação e diversificação da oferta turística como o casco antigo de Albufeira, transformando-o numa atração turística. Combater a sazonalidade é outra aposta, nomeadamente através do turismo desportivo. Sugeriu-se formação e qualificação dos colaboradores e dos empresários. Estes mostraram-se recetivos à abertura dos seus espaços comerciais ao longo do ano numa ação que deverá ser concertada com o município, para que durante a época baixa a cidade não fique deserta. A hotelaria e a restauração estão a atravessar momento extremamente difíceis e o município tem dado o seu contributo para minimizar “as agruras destes tempos que vão correndo”. Preconizou-se a aposta no turismo residencial, a promoção e requalificação e melhoria dos hotéis e restaurantes, adaptando-os às novas realidades como os nómadas digitais, que poderiam ser um forma de esbater a sazonalidade pois “temos condições logísticas, climáticas, gastronómicas”, considerou José Carlos Rolo.
Na animação turística, a criação de um espaço físico para a promoção de eventos e feiras e exposições temáticas que é uma “ideia que já está no prelo”, afirmou José Carlos Rolo, criação de normas de conduta no espaço público, mantendo os eventos âncora associados à inovação como a passagem de ano ou Paderne Medieval, e apostar na promoção digital.
Lojas de rua ressurgem
Já no comércio e serviços, deve-se apostar nos produtos da terra e adoção e implementação de um programa de formação dirigido aos colaboradores e empresários, tal como no turismo Reestruturar o comércio e reinventá-lo e apostar no comércio de rua, que com esta pandemia ganhou alguma da força perdida. Destaque para a necessidade de dotar este setor com competências digitais.
Ao nível do emprego e empreendedorismo, foi feita uma parceria entre a Câmara Municipal de Albufeira com o IEFP para um polo de formação num espaço municipal em Ferreiras, apostar no empreendedorismo com inovação, incentivar e praticar o trabalho em rede. No âmbito da agricultura e mar foi promovida a modernização da frota de pesca, incentivar à agricultura 4.0 muito relacionado com as tecnologias, a transição digital, a transição climática e a sustentabilidade. Aposta na diversidade dos produtos agrícolas, “a agricultura e o mar poderão ser assim, atividades económicas poderão dar alguma complementaridade á atividade principal que é turismo”, considerou José Carlos Rolo. Na educação e formação profissional, foi salientada a aposta num sistema híbrido em
que a transformação digital e a presencial coabitam, melhoria os ambientes de trabalho e das aprendizagens e contribuir para melhorar a oferta educativa e adequá-la ao tecido socio-económico do concelho. Foi referida a criação de novos espaços e da adequação das salas de aulas tendo em conta os novos modos de ensino e de aprendizagem.
Os serviços municipais
Nos transportes urbanos existem novas realidades, foi elaborado em 2020 um plano de mobilidade concelhio e está um concurso aberto para estender a linha de transportes urbanos “Giro” com transportes urbanos e, tendo em cinta as alterações climáticas, movidos a energia elétrica e gás natural. Na questão dos resíduos sólidos e urbanos o novo sistema vai basear-se nas tecnologias e no digital com sensores de enchimento dos contentores, a recolha bilateral A eficiência energética está em desenvolvimento no concelho. Na descarbonização com o aumento de frotas elétricas. O aumento da instalação crescente de postos de carregamento para veículos elétricos e a instalação em todo o concelho de painéis fotovoltaicos, promovendo o autoconsumo. Nas águas e saneamento com a aposta nas gestão do património, apostar na reutilização das águas residuais, e no aumento da redução das perdas.