SÁBADO

Para onde vão as receitas do seu livro?

Quando lançou Pra Cima de Puta, sobre os ataques nas redes sociais de que é alvo, Cristina Ferreira disse que o dinheiro do livro seria entregue a associaçõe­s que combatem o bullying. Cinco meses depois, nada se sabe...

- Por Sónia Bento

Pra Cima de Puta é o mais recente livro de Cristina Ferreira, sobre os insultos que lhe dirigem nas redes sociais. Na altura do lançamento, a apresentad­ora, administra­dora e diretora de Entretenim­ento e Ficção da TVI foi entrevista­da no Jornal das 8, por José Alberto Carvalho, a 28 de novembro, e revelou que todas as receitas seriam entregues a associaçõe­s que combatem o bullying. “Qualquer euro que este livro possa vir a dar não me será entregue a mim, será entregue a quem ao meu lado, a partir deste momento, luta pela dignidade dos outros e isso é o principal no meio de tudo isto”, afirmou Cristina, que tem 2,3 milhões de seguidores no Facebook e no Instagram.

Mais de 20 mil exemplares vendidos

Só que cinco meses depois de ter chegado às livrarias, não se sabe para que associaçõe­s revertem as receitas e ninguém conseguiu esclarecer a questão. “A seu tempo tornaremos pública a informação relativa a esse assunto”, reagiu a editora Contrapont­o. A Notable, agência que representa a estrela da TVI, nem sequer respondeu ao email enviado pela SÁBADO. O livro, cujo preço original é de €15,50, vendeu 21.245 exemplares até março, o que dá um total de 298.871 euros, segundo dados da GfK a que a SÁBADO teve acesso. Se, por norma, um autor tem direito a 10% das receitas, Cristina terá perto de 30 mil euros para entregar às associaçõe­s, conforme prometeu.

A apresentad­ora, de 43 anos, lembrou ainda que este livro “não é uma vingança e nem um caso pessoal. É para que a sociedade possa refletir sobre ele”. Cristina Ferreira disse ainda que pretende que o seu livro “chegue a quem de direito”, prometendo também criar uma petição pública para que o bullying digital passe a ser punido. “Temos todos direito à nossa dignidade, à nossa vida, à nossa privacidad­e, à nossa vida familiar e isso está ali, não está é aplicado na lei e é preciso fazê-lo”, disse. W

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal