“ELE É DOULA E O ÚNICO EM PORTUGAL”
Exmo. Sr. Diretor da Revista Sábado, Eduardo Dâmaso
Ao abrigo da Lei 2/99, escrevo exercendo o meu direito de retificação sobre o texto publicado na página 76 do nº 884 da Sábado, de 08/04/2021.
Celebro o destaque dado ao papel da doula e à investigação científica que desenvolvi no doutoramento. No entanto, o texto não é fiel à entrevista, cuja gravação ficou na posse da Sábado. Solicitei consulta do texto antes da publicação, um pedido que me foi negado pela jornalista. As necessárias retificações:
– “Mário Santos assiste a partos” – Falso. Não acompanho partos. Referi que o meu trabalho atual como doula se circunscreve à produção de conteúdos digitais, à formação e a sessões em grupo. Aliás, para ser rigoroso, nenhuma doula “assiste” a partos: a assistência ao parto compete a profissionais de saúde. – “Quis que a filha nascesse no sofá” – Falso. Referi que isso aconteceu com as minhas filhas, coisa que não dependeu da minha vontade. Isto é especialmente importante, pois a decisão foi e deve sempre ser da grávida em trabalho de parto.
– “Cobra à volta de 250 euros só para o acompanhamento do parto” – Falso. Questionado sobre quanto custa uma doula só no parto, expliquei que esse acompanhamento nunca seria limitado ao momento do parto, mas que, a título de exemplo, rondaria, talvez, os 250 euros. É abusiva a afirmação de que cobro 250 euros por este serviço que não ofereço e que, na verdade, não existe. – “Quem opta por partos em casa são pessoas que [...] procuram uma alimentação saudável e formas de consumo mais sustentáveis” – Falso. Expliquei precisamente o oposto: não existe este perfil de pessoas que optam por um parto em casa. É um grupo heterogéneo no que respeita ao estilo de vida.
Solicito a publicação desta minha retificação, nos termos da lei.