SÁBADO

Em tons de verde e azul

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Localizada a noroeste da ilha de São Miguel, no concelho de Ponta Delgada, a Lagoa das Sete Cidades é um lago de água doce, o maior dos Açores, ocupando uma área de aproximada­mente 4,3 quilómetro­s e com uma profundida­de de cerca de 33 metros.

Formada a partir da cratera de um vulcão, e classifica­da como Paisagem Protegida da Rede Natura 2000, a Lagoa das Sete Cidades é apenas uma, mas, por ter duas cores diferentes, chamam-lhe então Lagoa Verde e Lagoa Azul, cujas águas estão separadas por um istmo criado pelo Homem. Reza a história que a lagoa, tal como a freguesia que habita a sua margem, deve o seu nome à ilha das Sete Cidades, também conhecida por Antília. Trata-se de um pedaço de terra que terá sido por muitos marujos avistado no Atlântico Norte e que inspirou a exploração marítima de vários reinos durante séculos sem nunca ser encontrada.

Mas a lenda maior está associada às duas cores das suas águas. Conta-se que a Lagoa das Sete Cidades – uma das Sete Maravilhas de Portugal, na categoria Zonas Aquáticas não Marinha – deve as suas cores às lágrimas de uma princesa e de um pastor que se terão apaixonado, mas sido obrigados a viver afastados um do outro por ordem do rei. Foi então que a jovem princesa, de olhos azuis, e o pastor, de olhos verdes, choraram tanto que deram origem às lagoas verde e azul. Se preferir a explicação científica, então saiba que a lagoa verde apenas reflete a cor da densa vegetação que a circunda, e a azul, em dias de bom tempo, reflete o azul do céu. Para visitar a lagoa, pode partir de Ponta Delgada rumo à freguesia das Sete Cidades e ao Miradouro Vista do Rei, de onde desfruta de uma vista privilegia­da sobre o espaço.

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