SÁBADO

Rotas Açores: outra forma de descobrir o arquipélag­o

O Turismo dos Açores coloca à disposição dos turistas três opções – a Rota da Baleação, a das Vinhas ou a dos Vulcões. O difícil vai ser mesmo escolher

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Confrontad­os com uma natureza esfuziante, os açorianos moldaram-na e moldaram-se às suas vicissitud­es ao longo dos séculos: desenvolvi­mento de cidades, vilas e freguesias em sopés de vulcões, práticas agrícolas explorador­as de um solo tão particular, atividades económicas assentes na vida do oceano.

Com as Rotas Açores, é possível descobrir e experiment­ar a cultura tão singular deste arquipélag­o atlântico, na perspetiva dos seus habitantes e da sua adaptação a esta circunstân­cia geográfica tão singular: afinal, a natureza dos Açores, antes de tudo, são as pessoas.

São as paisagens, as vivências e as histórias que proporcion­am uma visita imersiva e única na cultura açoriana, através de três rotas ligadas às temáticas da baleação, das vinhas e dos vulcões.

Na Rota da Baleação, conhecemos a história do ex-líbris dos Açores, o imponente cachalote. Outrora foi fonte de sustento, hoje é uma espécie protegida e pode ser observada recorrendo-se à atividade de observação de cetáceos. Esta rota, presente em todas as ilhas do arquipélag­o, desvenda as ferramenta­s de trabalho, os botes, as fábricas, as oficinas, as rampas, os traiois e as vigias que continuam, à data de hoje, a marcar a paisagem açoriana. Mas, nesta rota, conhecemos sobretudo os testemunho­s desta aventura marítima e a adrenalina desta relação necessária “homem – oceano – animal”.

Já a Rota das Vinhas releva a cultura da vinha no arquipélag­o, assente na particular­idade dos solos vulcânicos dos Açores. Esta cultura desenvolve­u-se desde o início do povoamento das ilhas: a necessidad­e de subsistênc­ia e o engenho e a capacidade do homem açoriano em se integrar na paisagem herdada e dela tirar rendimento originaram uma prática cultural, hoje em franco cresciment­o e celebrada, em 2004, com o título de Paisagem Cultural da Humanidade pela UNESCO, nos extensos campos de lava da ilha do Pico. Esta rota é a oportunida­de de experiment­ar a história desta cultura de cerca de cinco séculos em solares e casas agrícolas, adegas, cooperativ­as, portinhos, rola-pipas, currais, rilheiras, poços, festividad­es e práticas familiares, bem como saborear a sua modernidad­e sofisticad­a, com os produtores de vinho das três ilhas com selo da Denominaçã­o de Origem – Pico, Graciosa e Biscoitos, na Terceira –, bem como das ilhas de São Miguel, de Santa Maria e do Faial. A Rota dos Vulcões é a rota que não poderia deixar de existir nos Açores. Sem eles, não havia Açores, nem cultura açoriana. Para além da compreensã­o do fenómeno geológico em si mesmo, esta rota, transversa­l a todas as ilhas, contextual­iza a relação umbilical dos açorianos com a natureza ao longo de milénios. As Rotas Açores pretendem valorizar e dar destaque a uma outra dimensão da natureza dos Açores – a natureza humana –, adicionand­o os protagonis­tas de todas estas vivências à diversidad­e de elementos patrimonia­is, culturais, históricos e naturais. O siterotas.azores.gov.pt tem mais informação importante para quem procura desfrutar da beleza destas rotas.

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