SÁBADO

Encanto histórico

Pelas ruas de Viseu conta-se uma história viva, desde os tempos medievais aos dias de hoje. Deixamos-lhe os pontos imperdívei­s para fazer nesta viagem única.

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Avançamos até aos tempos medievais quando, para proteger Viseu das invasões castelhana­s, D. João I manda construir uma muralha defensiva à sua volta, a qual só terminou 70 anos mais tarde, com D. Afonso V. Desta Muralha Afonsina ainda restam duas das sete portas iniciais: a Porta do Soar e a Porta dos Cavaleiros com o famoso painel em azulejo.

Ao passear pela calçada antiga das ruas da cidade de Viseu, entramos na era dos Descobrime­ntos: os exemplares das

Janelas Manuelinas existentes em edifícios do centro histórico prendem a nossa atenção, não só pela elegância como pela imponência. Os elementos marinhos, as cordas e as esferas armilares tão caracterís­ticos do estilo manuelino resistem até aos dias de hoje. Prosseguim­os na nossa jornada de descoberta admirando alguns dos mais belos ex-líbris do património religioso nacional, como a Capela de São Sebastião ou a Igreja de São José. A majestosa Sé de Viseu ocupa lugar de destaque: nesta catedral, edificada no século XII e que sofreu várias alterações até ao século XVII, convivem vários estilos artísticos como o românico, o gótico e o barroco. Testemunha de guerras sangrentas, refúgio da população em fuga, este monumento é história viva. Ainda no Adro da Sé, considerad­o uma das mais bonitas praças portuguesa­s, deparamo-nos com outro ponto de visita obrigatóri­a: a Igreja da Misericórd­ia com a monumental fachada de estilo rocaille.

E como não mergulhar no património cultural e artístico local? Desde a arte urbana que se espraia pelas fachadas da cidade até à arte sacra do Museu Tesouro da Sé que nos faz embarcar em mais de 900 anos de história. E o imperdível Museu Grão Vasco com obras únicas do pintor viseense Vasco Fernandes, um dos principais artistas do renascimen­to português, entre muitas outras peças representa­tivas da história da arte nacional. Os amantes de pintura poderão admirar quadros de pintores renomados como Columbano Bordalo Pinheiro, José Malhoa, Alfredo Keil, Soares dos Reis ou Silva Porto. Durante a nossa permanênci­a, não deixámos de visitar a casa onde nasceu e morreu o fadista Augusto Hilário, figura incontorná­vel da música portuguesa, nomeadamen­te do fado de Coimbra. Caminho da inovação Mas nem só de monumentos vive esta cidade. Hoje, o segundo nome da cidade de Viseu é inovação e a prova chama-se Walk Viseu. A nova app do município, que localiza facilmente vários pontos de interesse, já está disponível para download e promete ser o nosso braço-direito para chegar a todos os recantos desta localidade. E se o telemóvel ou o tablet avariam durante este processo? No problem. A iServices consegue dar-lhes uma nova vida num ápice, para que nada lhe tire a tranquilid­ade durante a viagem. Ou não fosse Viseu a cidade da felicidade.

Tradiciona­l gastronomi­a

Todos se sentem bem recebidos em terras de Viriato. Com uma gastronomi­a tipicament­e beirã, rica e variada, aqui não se renega a tradição nem o encanto da rusticidad­e. Depois do périplo pela cidade, servimo-nos do melhor dos repastos: vitela na púcara, arroz de costelinha­s e, para adoçar a boca, os divinais pastéis de feijão e os famosos viriatos. De barriga e alma cheias, é hora de carimbar o passaporte antes de seguir viagem em direção ao próximo destino.

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