OS GESTORES OFERECEM MAIS “MUNDO” ÀS ORGANIZAÇÕES
Profissionais com cursos de formação executiva têm maior aptidão para lidar com o mercado.
Omercado de trabalho está cada vez mais competitivo e as empresas têm de estar preparadas para esta realidade, por forma a ter sucesso. Os profissionais que tenham no seu currículo um curso ou cursos de formação executiva feitos numa escola de referência estão em vantagem, podendo auxiliar melhor as empresas e organizações, pois estão mais aptos para estes desafios.
“Os gestores que tenham frequentado este tipo de programas oferecem uma maior capacidade de tomar decisões em ambientes cada vez mais ambíguos e incertos, uma vez que nestes programas desenvolvem competências de análise e resolução de problemas complexos. Também são tipicamente expostos a formas de pensar e agir muito diversificadas, são provocados intelectualmente e desenvolvem uma rede de partilha de conhecimento tácito de valor incalculável. Os gestores que passem por este tipo de experiência trazem mais ‘mundo’ às organizações”, explica Ricardo Fortes da Costa, vice-presidente da APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas. O responsável da APG acrescenta que, individualmente, estes profissionais também ganham “atualidade, agilidade e empregabilidade”. E explica de forma mais detalhada: “1) Atualização de competências, renovando o seu corpo de conhecimentos; 2) Agilidade mental e exercitação do espírito crítico necessárias para acrescentarem valor onde quer que se encontrem; 3) Visibilidade e exposição ao mercado, bem como a uma comunidade de pares que são essenciais para se manterem relevantes no mercado profissional.” Estes benefícios supracitados são ativos que acompanham os profissionais para onde quer que eles vão. Portanto, “não são ativos das empresas, mas sim dos próprios profissionais”.
Os desafios das escolas e dos gestores?
Para preparar os gestores para terem estas competências, as escolas de negócios têm de estar prontas e atualizadas. Por isso, têm sempre desafios pela frente. E segundo Ricardo Fortes da Costa, os grandes desafios são “a internacionalização e a polinização cruzada, ou seja, a necessidade premente de desenvolver parcerias nacionais e internacionais que permitam uma dinâmica de circulação de conhecimento transnacional e uma cada vez maior ligação ao mundo das organizações, permitindo desenvolver projetos conjuntos”. O vice-presidente da APG acrescenta que só assim Portugal poderá ter um ambiente vibrante de criação de conhecimento que permita posicionar-se como um destino atrativo e de enorme qualidade e relevância nesta área. “A APG está a desenvolver várias parcerias com escolas de negócios, assumindo-se como um parceiro privilegiado neste desafio de levar Portugal para a frente através do desenvolvimento dos gestores e líderes”, salienta. Por sua vez Carlos Vieira, diretor executivo da Formação Executiva da Católica Porto Business School (CPBS), afirma que os principais desafios das escolas de negócios são contínuos, ou seja, “procura-se que a formação de executivos mantenha um permanente contacto com as indústrias com que as escolas se envolvem, procurando através da investigação e da prestação de serviços identificar tendências nacionais e internacionais”. O responsável da CPBS acrescenta “a necessidade efetiva de que se aumentem as parcerias multidisciplinares, que permitam a ligação efetiva entre a academia e a indústria (em sentido lato)”.
Já os gestores enfrentam o desafio da “reinvenção como forma de estar”, refere Ricardo Fortes da Costa, vice-presidente da APG. Cada vez mais precisam de desenvolver aquilo a que chama um “espírito renascentista”. Ou seja: “Curiosidade pelo mundo e vontade de aprender, interesses variados e multidisciplinares, agilidade cognitiva para reskilling e upskilling em tempo real e maturidade socioprofissional para se conectarem a outros profissionais, mobilizando vontade e conhecimento para o alcance de missões comuns, variadas e significativas. Este são os desafios que o século XXI nos coloca.” ●
OS DESAFIOS DAS ESCOLAS DE NEGÓCIOS SÃO A INTERNACIONALIZAÇÃO E A POLINIZAÇÃO CRUZADA, OU SEJA, A NECESSIDADE PREMENTE DE DESENVOLVER PARCERIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS