SÁBADO

Em Mora, mora a paz de espírito alentejana

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A viagem prossegue e a paisagem enleva-nos até chegarmos a Mora, no distrito de Évora, ao quilómetro 473. Em plena charneca alentejana, num território doado por D. Afonso Henriques aos Freires de Évora (1176), esta terra decorada com sobreiros e oliveiras tem algo de mágico. Para ficar a conhecer melhor o concelho, há que passar pelas suas quatro freguesias: Mora, Brotas, Cabeção e Pavia.

Na vila de Mora, começámos por visitar a quinhentis­ta e neoclássic­a Igreja Matriz (ou Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Graça) e a Igreja da Misericórd­ia.

Ainda no centro da vila, não quisemos perder o Museu Interativo do Megalitism­o, único em Portugal, que tem como missão valorizar e divulgar o incrível património megalítico deste concelho, no qual se inclui o Cromeleque de Mora ou a Anta de Pavia.

O Santuário de Nossa Senhora de Brotas já prega noutra freguesia. Este templo religioso de cunho popular, na linha do manuelino e do barroco, remonta ao século XV e foi feito em memória de uma aparição milagrosa a um pastor. A emoldurar o santuário há um corredor composto pelas Casas de Confraria, que serviam para dar guarida aos peregrinos.

Do parque ecológico ao fluviário

Em Mora, a escolha é vasta, tal como o vagar pretendido. Pode deslumbrar-se com a natureza pura ao longo dos percursos pedestres, observar aves mais ou menos comuns e desfrutar de um dos maiores pontos de interesse do concelho, na freguesia do Cabeção: o Parque Ecológico do Gameiro. Situado no Açude do Gameiro, no rio Raia, aqui as atrações e as aventuras não têm fim. Além da zona de lazer, do parque de merendas e do parque de arborismo (para miúdos e graúdos que gostam de adrenalina), ainda se pode mergulhar nas águas límpidas da praia fluvial ou explorar o passadiço de madeira ao longo de um quilómetro e meio da ribeira da Raia.

Ainda no Parque Ecológico do Gameiro, encontra-se o imperdível Fluviário de Mora, uma espécie de “oceanário” de água doce. Este aquário público dedicado aos ecossistem­as de água doce e à sua diversidad­e é um dos maiores da Europa, e uma experiênci­a que sensibiliz­a todos quantos o visitam a cuidar dos rios.

Se em vez de observar os peixes, gosta da arte de os pescar, Mora é o sítio certo: tem duas das melhores pistas de pesca desportiva do mundo. Podíamos continuar por aqui, não podíamos? Mas Coruche já está à nossa espera.

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