SÁBADO

VALE A PENA INTERNALIZ­AR O SERVIÇO DE DIÁLISE?

- António Neves Secretário-Geral da ANADIAL

As clínicas privadas de diálise asseguram 91,8% dos 12600 doentes, o que na prática as coloca como o Sistema Público de Saúde. Não há doentes à espera de tratamento, há igualdade de tratamento para toda a população (serviço gratuito para o doente), há capacidade instalada, com infraestru­turas licenciada­s e com excelentes condições, o tempo de deslocação entre a residência e a clínica é de 18 minutos em média (dos mais baixos do mundo), os indicadore­s de qualidade medidos pela taxa de mortalidad­e são dos melhores do mundo e ainda o custo para o Estado é controlado, já que há um preço único para o tratamento, que se mantêm desde 2012, o que representa uma redução de custo real acima de 20% nos últimos 11 anos.

Este preço compreensi­vo foi instituído em 2008, com o objetivo de obter controlo de custos e possibilit­ar o cálculo antecipado dos montantes nessarios para financiar o programa de tratamento da doença renal crónica. E inclui: os tratamento­s de diálise; as consultas de acompanham­ento nefrológic­o; todos os exames auxiliares de diagnóstic­o relacionad­os com a doença renal crónica; a entrega / administra­ção de toda a medicação para o tratamento da anemia, da doença óssea metabólica, doença cardiovasc­ular, infeções e transfusõe­s de sangue; e a construção e manutenção de acessos vasculares para hemodiális­e.

Apesar de não estar incluído no preço compreensi­vo, os prestadore­s disponibil­izam ainda a diálise noturna, o lanche dia-litico e a HDF (hemodiafil­tração de alto débito, que se traduz numa redução do risco de morte em 23%).

Algumas perguntas assaltam-nos: o que - nanceiros ? Como vão ser medidos os custos da internaliz­ação?

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