Câmara Pereira é bom para a AD?
Este foi um daqueles casos em que os protagonistas evitaram falar, mas até as paredes falaram: à SÁBADO chegaram fotos da sede do PPM, tiradas por quem lá esteve, e que mostram o estado de degradação, quer do edifício, quer do partido que o ocupa. O PPM está na AD e o seu líder, Gonçalo da Câmara Pereira, está nas listas em lugar não elegível, mas ameaça tornar-se um ativo tóxico para a coligação – a não ser que se mantenha discreto, e o trabalho de capa desta semana mostra que isso está a ser acautelado. “O pai não ‘tá a atender?”
A pergunta de Ana da Câmara Pereira, em tom espantado, quanto falou com a SÁBADO, faz todo o sentido. Gonçalo da Câmara Pereira não respondeu, de facto, às mensagens dos jornalistas Maria Henrique Espada e Marco Alves, incluindo uma em que lhe perguntaram se o seu silêncio tinha sido imposto pelos parceiros da AD, provavelmente por receio de que a bem conhecida descontração marialva do fadista provocasse estragos. Traçamos o perfil de um monárquico que vem de uma família tradicional lisboeta com ramificações antepassadas à nobreza.
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Cada vez mais mudam de sexo
Até parece que mudar de sexo se tornou uma moda. A jornalista Marisa Antunes foi perceber o que se passa e descobriu que todas as semanas há uma cirurgia de mudança de sexo a acontecer através do Serviço Nacional de Saúde e 10 novas pessoas, em média, a mudarem de nome e género no Cartão de Cidadão. Estas 529 pessoas que o fizeram em 2023 representam o maior número registado até hoje. A lei da autodeterminação de género, aprovada em 2018, poderá explicar este aumento exponencial, mas há cada vez mais vozes, entre os médicos portugueses, a alertar para os riscos do contágio social – fenómeno que cresceu desde a pandemia – e a pedir cautela e rigor no diagnóstico, para evitar o impacto desastroso e irreversível da medicalização das pessoas que se assumem como trans mas que afinal não o são… Foi o que aconteceu com T., de 22 anos, que passou por um processo-relâmpago de transição, tomou doses maciças de estrogénio e fez uma vaginoplastia, onde perdeu o pénis. O arrependimento surgiu logo após a cirurgia radical.
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Podemos confiar nas sondagens?
Quando o jornalista Bruno Faria Lopes se encontrou com Luís Paixão Martins, no lóbi de um hotel em Lisboa, o ecrã de televisão estava a noticiar as sondagens que dão Donald Trump à frente no Iowa. As sondagens estão no centro da vida política também em Portugal e eram o tema da conversa com o estratega de campanhas eleitorais que escreveu um livro abrasivo sobre o assunto. É uma das pessoas com quem a SÁBADO falou para lhe explicar o que se passa, afinal, com as sondagens – e como deve consumi-las. ●