SÁBADO

Como tratar a dor crónica

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Tratar a dor crónica é uma tarefa complicada para os médicos. Primeiro, porque há várias patologias que a provocam, mas sobretudo porque se chegou à conclusão de que ela é sentida de forma diferente por cada um, até com a mesma doença. Como percebeu a jornalista Susana Lúcio, se estivermos infelizes e deprimidos vamos sentir mais dor. Para a tratar é preciso resiliênci­a por parte dos doentes. “Eu tentei todas as terapias alternativ­as”, explicou José Vieira, de 68 anos, que tem problemas de tendinites. “É um processo lento que exige persistênc­ia até se conseguir resultados”, garante.

É tudo uma questão de patos

Francisco Ferreira, ambientali­sta e presidente da associação Zero, tem cuidado com a sua pegada de carbono, e por isso foi de comboio para o local da entrevista, na sede da ONG. Problema: o comboio atrasou 10 minutos. Como tem sempre o tempo contado, a conversa com a editora Vanda Marques teve de ser feita em duas partes. Com 20 minutos para as fotografia­s, nos jardins da Gulbenkian, em Lisboa, o repórter Alexandre Azevedo experiment­ou vários locais onde é possível ver a ligação à natureza, algo que marca a vida de Francisco Ferreira. Antes das 13h, ele tinha de sair, mas avisou, olhando para os patos do jardim: “Dou-vos mais tempo, se souberem dizer a diferença entre estes patos?” A jornalista, que tem um tio com patos, não hesitou: “Um é fêmea, a castanha, e o outro é o macho, de cabeça verde.” Acertou e ele ainda fez mais umas fotos. A seguir, foi para o Terreiro do Paço, numa bicicleta elétrica alugada.

Nuno Melo e as pré-respostas

A entrevista a Nuno Melo foi feita no arranque da Convenção da AD, minutos depois de o líder do CDS ter corrigido, no palco, o que dissera dias antes sobre o que faria se o PS fosse o partido mais votado. Depois de se ter deitado às 2h e levantado às 5h, e apesar da correção (ele prefere “aditamento”) em palco, o líder do CDS estava bem-disposto, confiante, e mesmo quando foi pouco preciso no salário mínimo (“700 e picos”) foi com um sorriso que começou a percorrer o telemóvel, admitindo que para estas ocasiões tem uma lista de respostas e dados pré-preparada.

A vida difícil dos imigrantes

A maratona de contactos da jornalista Raquel Lito para recolher testemunho­s de imigrantes – devidament­e legalizado­s – revelou-se complicada, com vários a desistir depois de contactado­s: um deles, um estafeta, porque demorou mais tempo a ter a mota arranjada. Ser imigrante não é fácil, sobretudo para quem tem trabalhos menos qualificad­os, como os ligados à construção civil ou às limpezas. Foi isso que contou a brasileira Shirley Nicolau, recordando os tempos em que trabalhava nas estufas e depois nas limpezas. Agora é assistente operaciona­l no Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa, e está a tirar o curso de Gestão de Saúde. ●

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Editor-executivo Carlos Torres
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▲ O repórter Alexandre Azevedo a procurar o melhor ângulo para fotografar Francisco Ferreira. Com pouco tempo, uma pergunta sobre patos ajudou
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A brasileira Shirley Nicolau a ser entrevista­da junto ao Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa
▲ A brasileira Shirley Nicolau a ser entrevista­da junto ao Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa

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