DESPORTIVO, LUXUOSO E POUPADINHO
O novo Range Rover Sport P510e híbrido plug-in atualiza um legado com 17 anos, eletrificando-o com uma autonomia sem precedentes dentro desta gama. Surpresa: é um SUV, desportivo e económico.
A GAMA Range Rover Sport tem-se revelado um tremendo sucesso para a marca Land Rover desde que a primeira versão foi lançada, em 2004. Não surpreende, por isso, que, de certa maneira, o novo Range Rover Sport seja exatamente igual ao antigo: bonito, suave, rápido, habilidoso e divertido de se conduzir – só que ainda mais elegante e com uma autonomia elétrica muito maior em comparação com a anterior versão PHEV.
O estilo, mais despojado e minimalista, segue a linha do antecessor e de outros modelos da marca, como o Velar e o Evoque. E se a frente da versão Sport é praticamente idêntica à da versão dita normal, na traseira evidenciam-se algumas diferenças, como os faróis horizontais em vez de verticais.
Também o habitáculo do Sport é muito semelhante ao do “não sport”, com bancos, painéis, acabamentos e ecrãs de infotainment praticamente iguais. Diferenças existem, é claro. Por exemplo, o Range Rover Sport tem um volante mais pequeno e o teto é cerca de 50 mm mais baixo.
Dizer que os bancos da frente são macios é um eufemismo. Como se não bastasse, os bancos têm disponíveis funções de aquecimento e arrefecimento. A cereja em cima do bolo é um menu completo de massagens, para aquelas viagens mais longas e horas de ponta mais azarentas.
O Range Rover Sport dispensa a maioria dos botões e comandos físicos, com exceção da manete de seleção de marcha na consola central. No seu lugar, quase todas as funções são controladas pela dupla de ecrãs digitais de 13
Dizer que os bancos da frente são macios é eufemismo – acresce que têm funções de aquecimento e arrefecimento eummenu completo de massagens
polegadas – um para o painel de instrumentos e outro para o sistema de infotainment.
O Range Rover e o Range Rover Sport anteriores também estavam disponíveis em versões híbridas plug-in. A grande diferença aqui é a autonomia elétrica, que no caso do novo Sport, que traz uma bateria de 38 kWh, aumenta para o dobro, sendo agora capaz de percorrer mais de 100 km em marcha puramente elétrica. Chega e sobra para as voltas quotidianas da maioria dos cidadãos automobilizados. E para quem tenha um ponto de carregamento próprio em casa ou no local de trabalho, a partir do qual a bateria pode ser recarregada em apenas cinco horas, o Range Rover Sport P510e híbrido plug-in passa a funcionar quase como se fosse um veículo 100% elétrico.
O 510 no nome refere-se à potência do carro: são 510 cavalos. Mas nem por isso o arranque – elétrico enquanto houver bateria – deixa de ser silencioso. Para se ouvir o motor é preciso pisar com força o enorme pedal do acelerador. Aí o Range Rover reage com o impulso esperado e solta, do seu motor a gasolina de três litros em seis cilindros em linha, um ruído agradável ao ouvido e bastante respeitável no que aos decibéis diz respeito.
Mas o que realmente impressiona no Range Rover Sport P510e é quão económico consegue ser. Numa viagem de Lisboa a Évora (a uma distância de 140 km) que se inicie no modo híbrido com a bateria cheia, indo nas calmas e respeitando os limites de velocidade, por estrada nacional e autoestrada, consegue-se chegar ao destino com uma média de consumos inferior a 5 litros aos 100 km. Numa viagem maior, por exemplo até ao Porto ou até ao Algarve, o consumo médio teria sido superior pelo simples motivo de que, esgotando-se a bateria, o Range Rover passaria a usar apenas o motor a gasolina de 3 litros. A economia real do carro depende de uma série de variáveis, mas o potencial para uma condução económica está lá.
Por um lado, o novo Range Rover Sport é igual ao antigo: bonito, suave, rápido, habilidoso e divertido de se conduzir. Por outro, surge completamente transformado, capaz de percorrer dezenas e dezenas de quilómetros apenas com o motor elétrico, e com consumos médios que surpreendem. Embora por fora as diferenças estéticas sejam muito subtis, por baixo do capô há muita coisa nova a acontecer. E é esta a grande surpresa: sendo uma versão desportiva, o Ranger Rover Sport tem potencial para se tornar num dos carros mais económicos da marca. ●
Este novo Range Rover Sport – que continua bonito, suave, rápido e divertido de se conduzir – tem potencial para se tornar um dos carros mais económicos da marca