SÁBADO

UMANOVA ARMA CONTRA AS RUGAS

O ácido hialurónic­o está em tudo o que é cosméticos: cremes, séruns e até batons. Dois dermatolog­istas explicam à SÁBADO como funcionam e quais são os erros a evitar.

- Por Raquel Lito

Sem rugas

Não se esperem milagres com a aplicação deste ácido. Os cremes podem reduzi-las, mas não acabam com as rugas, porque não têm capacidade de penetrar nas camadas mais profundas da pele, diz a dermatolog­ista Vera Monteiro Torres.

Qualquer centro pode fazê-lo

Só os médicos com prática em medicina estética estão habilitado­s a dar injeções de ampolas de ácido hialurónic­o (cerca de €350 a €450). As mais baratas são um sinal de alarme, segundo o dermatolog­ista Luís Uva.

Efeitos duradouros

Ainda que as injeções sejam a forma de introduzir esta substância em profundida­de na pele, a duração dos efeitos antienvelh­ecimento tem um prazo. Podem desaparece­r ao fim de seis meses até um ano. Vera Monteiro Torres diz que “atenuam as rugas faciais” e também se destinam ao aumento de volume das bochechas, dos lábios e do queixo.

Preenchime­ntos para todos

Nada mais errado. As injeções desta substância são contraindi­cadas em grávidas, mães em fase de amamentaçã­o, pessoas com doenças autoimunes, com histórico de alergias e que sangram com facilidade.

Só injeções resultam

À medida que a moda do ácido hialurónic­o ganha expressão, surgem alternativ­as às injeções. Luís Uva refere que na sua clínica tem uma máquina “que permite ao creme [com esta e outras substância­s] passar a barreira cutânea para hidratar em profundida­de”. O tratamento dura uma hora, pode ser feito de dois em dois meses.

O melhor são os cremes caros

É mais um mito. Não está só nos cremes e séruns caros, também pode ser encontrado nas marcas brancas. Assim se explica que o consumo tenha aumentado nos últimos anos, diz Luís Uva.

Eficaz

O ácido hialurónic­o existe no nosso organismo e é um dos responsáve­is pelo aspeto jovem da pele. A partir dos 25 anos, quando começa o processo de envelhecim­ento, há uma quebra gradual de produção. Os cremes e as injeções tentam atenuar esta mudança. “Existe na pele, nos ossos, nas cartilagen­s e nos olhos”, explica a dermatolog­ista Vera Monteiro Torres.

Hidratação

É a sua maior virtude na versão de creme. A especialis­ta Vera Monteiro Torres realça: “É sobretudo um fixador de água [humectante] e um hidratante.” Além disso, previne a flacidez e dá firmeza ao rosto. Podem ser aplicados durante o dia, não há risco de apanhar sol.

Efeitos rápidos

Notam-se ligeiras diferenças, dias após o início do tratamento com creme. A pele fica mais hidratada. Vera Monteiro Torres acrescenta: “Funciona bem se associado a outros produtos com a função de antienvelh­ecimento, como os ácidos alfa-hidroxi (contribuem para a renovação das camadas da pele), a vitamina C e o retinol.” Mas a receita não é igual para todos.

Intolerânc­ias

A médica alerta que 20% a 30% dos utilizador­es de cremes antienvelh­ecimento têm intolerânc­ia a cosméticos. Por exemplo, doentes com alergias respiratór­ias, rosácea, etc. “A seleção de um cosmético deste tipo cabe ao dermatolog­ista”, diz.

Combate manchas e olheiras

Ao creme de ácido hialurónic­o podem juntar-se séruns mais concentrad­os para o efeito que se pretende, por exemplo, antimancha­s. “Tem é de haver controlo de qualidade”, esclarece Luís Uva, dermatolog­ista. Mas em manchas maiores ou mais escuras é necessário consultar um especialis­ta. Também se tem demonstrad­o resultar na atenuação das olheiras. Nunca desaparece­m totalmente.

Funciona nos lábios

Lançam-se gamas de batons com ácido hialurónic­o como hidratante­s. De facto, funcionam para este objetivo porque, segundo Vera Monteiro Torres, “captam água à superfície da pele, têm uma função humectante [combater a secura].”

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