Os jovens e a saúde mental
O “s pais não deixam os filhos sozinhos num jardim, mas deixam-nos sozinhos com um telemóvel ou um tablet.” No artigo de capa desta semana, sobre a saúde mental das crianças e dos jovens é este, a certa altura, o alerta feito pela psicóloga clínica Lisete Gonçalves. Afinal, a dependência das novas tecnologias e o consequente isolamento é uma das razões para haver um agravamento de casos entre os adolescentes, uma tendência que piorou com a pandemia. Um dos comportamentos que também aumentou foi a automutilação. E a jornalista Lucília Galha falou com uma miúda de 17 anos que admitiu já se ter magoado propositadamente. Uma das coisas que mais a impressionou foi a mãe (que estava presente) ter dito no fim da entrevista: “Só hoje, quando a ouvi falar, é que entendi.” Porque para os pais é difícil compreender o que leva um jovem a fazer algo assim.
30 minutos à Ventura
Com a campanha eleitoral a arrancar, a entrevista dos jornalistas da SÁBADO Maria Henrique Espada e Alexandre R. Malhado sofreu alguns contratempos, pois André Ventura tem sido bastante solicitado e tinha outra marcação. Na sede do partido, em Lisboa, enquanto esperavam pelo candidato do Chega, os repórteres foram informados pelo seu segurança, o ex-atleta de lançamento do peso Marco Fortes, que tinham cerca de 30 minutos, porque às 18h iam seguir para o Porto. “Desculpem, isto é sempre a acelerar”, lamentou Ventura, que falou sobre as contradições, as contas do programa e o piscar de olho às ditaduras do século XX.
Idoso ou sénior? Não, “veterano”
Prestes a completar 80 anos, Lídia Franco confessa que a idade já a “ultrapassa”. Diz que só não gosta é que usem expressões como “idoso” ou sénior” e até referiu a palavra ideal: “veterano”. A atriz – que anda em digressão com a peça Requiem por Isabel, com Rita Ribeiro – esteve à conversa com a jornalista Sónia Bento durante quase três horas: lembrou os tempos difíceis do início da carreira, que começou como bailarina, e os programas com Herman José. E falou ainda dos namorados, de depressão e de assédio.
“Uma marioneta” das redes sociais
Quando recebeu a SÁBADO no escritório da sua editora, em Lisboa, Diogo Piçarra confessou que quanto mais canções faz, menos certezas tem de que terão sucesso: “No início, tinha alguma ingenuidade de dar as coisas por garantidas: o que as pessoas queriam ouvir, o que a rádio iria passar, o que iria correr bem. Estou mais cético em relação a tudo.” O novo álbum chega mais de quatro anos depois do anterior: “Olhei para as músicas e não estava satisfeito, decidi que era melhor adiar.” Ao longo de uma hora, falou sobre a infância em Faro, as mudanças na sua vida desde que foi pai e a pressão das redes sociais, que o fazem sentir-se por vezes “uma marioneta”. ●