SÁBADO

Contratos polémicos

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18 anos, com quem casou]”, admite o amigo Rui Torres. “Mesmo assim, dá-se com toda a gente.” Fazia as suas aparições no bar Última Instância, ou na discoteca Spinus, de onde o grupo de amigos saía de madrugada direto para a pastelaria Aipal para “comer qualquer coisa” – e Luís Montenegro sempre gostou de comer, bem como de cozinhar – a própria mãe admite que o filho cozinha melhor do que ela.

Luís Montenegro teve melhor prestação nos debates, mas não conseguiu impor-se contra Pedro Nuno Santos na praia servia para irem de férias para o Algarve com as namoradas. O objetivo era arrendar um apartament­o nas zonas de Albufeira ou Quarteira. E só tinham uma exigência: “Que a praia tivesse uma rede de voleibol para podermos jogar os quatro.” “Ele tinha sempre o dinheiro contadinho e certo”, diz Rui Torres sobre a fama de forreta de Montenegro. Mesmo num dia de maior cansaço do condutor (Rui Torres), o cozinheiro de serviço (Luís Montenegro) “não permitia que fossemos pela autoestrad­a por causa das portagens”. “Cheguei a estar quase a dormir ao volante e a ter de lhe dizer que pagava eu, porque ele insistia em ir pela nacional.” -se na corrida à presidênci­a, que perde para o socialista José Mota.

A política, até aqui, só lhe reserva derrotas – apesar do trabalho que faz pelo partido em Espinho chegar aos ouvidos de Marcelo, então presidente do PSD – e dedica-se à advocacia. Abre com um colega de curso, Paulo Sousa Pinheiro, a SPM Advogados, no Mercado do Bom Sucesso, no Porto. Empresa que lhe vai dar dores de cabeça, enquanto deputado (chega ao parlamento com 29 anos, pela mão de Luís Marques Mendes). É alvo de duras críticas por causa de seis contratos de ajuste direto no valor de 400 mil euros, realizados com as autarquias sociais-democratas de Espinho e de Vagos, entre 2014 e 2017, de acordo com o Portal Base. Apontam-lhe ainda o dedo por deter 50% do capital social do escritório, quando o Estatuto dos Deputados não permite que os parlamenta­res tenham quotas superiores a 10% em empresas que façam contratos com a Administra­ção Pública. Defende-se apontando que a advocacia é uma exceção por se tratar de uma profissão liberal.

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