Ao despacho revogado
velocidade e os erros
Ascenso Simões justifica agora, à SÁBADO, que alimentou esta convicção por Pedro Nuno Santos “não ser um cidadão normal”. “Tem coragem e velocidade para exercer as mais altas funções públicas e, à semelhança de todos os grandes líderes, como Mário Soares, como Churchill, comete erros”, acrescenta o ex-deputado, deixando a pairar no ar os tempos controversos de Pedro Nuno Santos à frente do Ministério das Infraestruturas, a partir de 2019.
e um nariz de Pinóquio
Nesta pasta, destaca-se por recuperar as obras estagnadas na ferrovia, mas também protagonizou a compra de 36 carruagens de comboio com amianto à espanhola Renfe. Travou guerras com os acionistas da TAP e, em 2020, entrou em conflito com o dono da Ryanair, Michael O’Leary, de quem disse não aceitar “intromissões nem lições de uma companhia aérea estrangeira”. E a troca de galhardetes terminou com O’Leary a exibir uma imagem de Pedro Nuno Santos com um nariz de Pinóquio, numa reunião da empresa.
Esteve muito perto de deixar o Governo, a 30 de junho de 2022, por ter publicado, sem autorização do primeiro-ministro, um despacho sobre a construção do novo aeroporto, que não passou pelo Conselho de Ministros, nem havia sido entregue em Belém e no PSD, como acordado. Quis ficar, mas teve de admitir uma “falha relevante”. Costa optou por mantê-lo no lugar.
por WhatsApp
A gota de água foi ter dado luz verde, por WhatsApp, ao pagamento da indemnização de 500 mil euros à ex-gestora da TAP Alexandra Reis – episódio que começou por dizer que desconhecia, e que até os seus apoiantes incomodou. Um amigo próximo admite: “Violou a ideia que eu tinha dele.”
regressado para a disputa
Parecia o fim, mas “foi só o tempo necessário para dar descanso à imagem”, como diz o deputado André Pinotes Batista. “Quem tem traços de liderança e humanos como Pedro não morre assim politicamente. A morte vem com a corrupção, com o roubo, e o Pedro é completamente imune a essas coisas”, garante. ●
-o a antecipar as internas, incomodado com “um PSD pequeno, perdedor, irrelevante, sem importância política e relevância estratégica”.