HONDA JAZZ CROSSTAR: MÚSICA PARA OS OUVIDOS
Do restyling do citadino japonês, agora na sua quarta geração, resultou um design mais atrativo que, mantendo a eficiência do sistema híbrido, permite consumos médios muito simpáticos. A partir de €33.100.
COMO A MÚSICA JAZZ em contínua evolução, das big bands dos anos 40 à explosão do free jazz na década de 70, às mais recentes fusões com géneros adjacentes, também o citadino da Honda que lhe foi buscar o nome é dado a mudanças. O novo Honda Jazz Crosstar 1.5 Advance HEV, por exemplo, representa a mais recente versão de um modelo que chegou a gozar de enorme popularidade em Portugal.
Em tempos idos, mas não tão longe assim, o Honda Jazz parecia omnipresente nas cidades portuguesas. Com a fiabilidade que é reconhecida aos carros japoneses, forma de minimonovolume, consumos económicos e interiores espaçosos que, rebaixando os bancos, o tornavam ótimos para ajudar amigos em mudanças, o Jazz trilhou o seu caminho para se tornar um dos carros de eleição para famílias jovens.
Entretanto, desde 2001, ano de lançamento deste citadino, os monovolumes tornaram-se uma espécie em vias de extinção, substituída pela febre recente – mas que parece ter vindo para ficar – dos SUV compactos. Os tempos são de mudança e a Honda não fez ouvidos moucos. A quarta geração do Jazz, lançada em 2019, abandonava o registo de minivolume integrando-se no segmento B dos SUV com uma nova versão que se distinguia do Jazz normal. Não era o free jazz, antes o Honda Jazz Crosstar, este que se diferenciava da versão tradicional por ser ligeiramente mais alto e ter um aspeto geral mais áspero.
Confirmando que o jazz está em contínua evolução, a Honda lançou em 2023 o chamado restyling – o nome dado a uma nova versão da geração anterior com ligeiras alterações, sobretudo estéticas – que lhe alterou a aparência e melhorou o desempenho do sistema híbrido.
Eis o Honda Jazz Crosstar 1.5 HEV Advance, um híbrido com um motor 1.5 litros a gasolina de quatro cilindros, um motor elétrico de tração e gerador elétrico. O motor 1.5 de quatro cilindros ganhou potência,
Espaço não falta. Quanto à segurança, destaque-se, entre outros sistemas, a presença de 10 airbags para proteção dos ocupantes
passou de 98 cv para 107 cv, tal como também o motor elétrico de tração subiu de 98 cv para 122 cv, enquanto o gerador aumentou de 95 cv para 106 cv. Com isto, a potência máxima combinada é agora de 122 cv (é a potência do motor elétrico de tração que dita a potência máxima combinada).
Relativamente à cirurgia plástica, a Honda pôs no Jazz Crosstar uma nova grelha e um novo friso no para-choques, que também foram renovados, além de saias laterais, spoiler traseiro e um acabamento mais escuro nos faróis.
As mudanças são menores no interior, permanecendo quase tudo como estava, ou seja, simples e funcional. Disto é exemplo o painel de instrumentos e o ecrã tátil central, ambos de dimensões reduzidas (o painel tem sete polegadas, o ecrã nove). O espaço atrás continua a impressionar para um carro que, reconheça-se, visto de fora cria a ideia de que obrigaria os passageiros traseiros a viajarem curvados e de pernas apertadas contra os bancos da frente – mas não, espaço é coisa que não falta, nem conforto. Quanto à segurança, destaque-se, entre outros sistemas, a presença de 10 airbags para proteção dos ocupantes.
Do restyling do Honda Jazz Crosstar 1.5 HEV Advance resultou um design mais atrativo que, mantendo a eficiência do sistema híbrido, permite consumos médios muito simpáticos. E por simpáticos queremos dizer mais próximos de 4 l aos 100 km do que de 5 l, ainda que seja necessária alguma atenção na condução, e que esta tarefa possa ser facilitada
O motor 1.5 de quatro cilindros ganhou potência, passando de 98 cv para 107 cv, com uma potência máxima combinada de 122 cv
ativando o modo Econ, que limita a ação do acelerador, e selecionando a função B, que melhora ainda mais a capacidade de regeneração de energia sem aumentar demasiado a retenção na desaceleração.
E é o próprio sistema que decide o funcionamento em modo elétrico, híbrido ou com maior peso no motor de combustão e a forma como bateria e motores se relacionam, ora alimentando diretamente o motor elétrico, ora em modo de tração híbrido.
Reconheça-se que não é um carro que entusiasme conduzir pela estrada fora, mas para andar na cidade poucos lhe chegam aos calcanhares. Com uma posição de condução mais elevada a proporcionar uma boa visibilidade, uma direção precisa e ágil, o Honda Jazz Crosstar 1.5 HEV Advance nasceu para dominar o para-arranca urbano, para caber em lugares onde outros SUV do segmento B nem sonhariam estacionar e ser poupadinho nos consumos. A partir de €33.100. ●