SÁBADO

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As histórias, mais e menos felizes, dos protagonis­tas das casas reais europeias alimentam o Diário da Realeza. O autor, Alberto Miranda, diz que faz este trabalho “por gosto”.

- Por Sónia Bento

Sofia, Letizia e Leonor de Espanha, Margarida da Dinamarca ou Maria Francisca de Bragança são as protagonis­tas em destaque na página Diário da Realeza. No Instagram tem mais de 17 mil seguidores e alguns dos reels ali publicados, que envolvem rainhas e princesas, ultrapassa­m os dois milhões de visualizaç­ões. “A minha página é especializ­ada em notícias da realeza e tudo o que publico tem uma perspetiva jornalísti­ca. Mas faço-o por gosto”, explica à SÁBADO o autor Alberto Miranda, de 51 anos, que atualmente trabalha como assessor de imprensa.

Os temas e os protagonis­tas das casas reais sempre lhe interessar­am, mas quando lhe perguntam se é monárquico, não é taxativo: “Aprecio o princípio da hereditari­edade e a preparação desde o berço para a chefia de Estado com o propósito de servir. Admiro igualmente a neutralida­de política de um rei.” Com formação em jornalismo, Alberto é convidado a comentar temas da realeza na televisão e recentemen­te lançou De Plebeias a Princesas e Rainhas – Os Contos de Fadas da Actual Realeza Europeia, editado pela Guerra e Paz.

Este seu terceiro livro, que descreve como um “hino ao amor”, detalha os casos de princesas e rainhas sem sangue real: “É um conjunto de 10 histórias inspiracio­nais, em que os protagonis­tas têm em comum a superação de obstáculos. E que mostram que no século XXI, a norma já não é o casamento entre os pares, o que aproxima as monarquias da realidade. Esta é a realeza do coração.”

Em Paris com a princesa Carolina

Alberto Miranda considera que a informação sobre a realeza ainda é tratada como um fait divers, mas “os últimos acontecime­ntos na família real britânica [as doenças do Rei Carlos e da princesa de Gales] provam que não é assim”. Tem contacto com os duques de Bragança e foi convidado para o casamento da infanta Maria Francisca, em outubro passado. Essa relação permite-lhe publicar algumas fotografia­s em “primeira mão” na sua página: “Vou a alguns eventos, como o jantar dos conjurados, e publico fotografia­s primeiro que toda a gente.”

Confessa que tem um “gosto especial” pela família real do Mónaco e explica: “Talvez pela irreverênc­ia da princesa Stéphanie, que se tornou cantora, e por a princesa Carolina ter sido sempre uma referência de elegância.” E conta que conheceu Carolina por acaso, numa rua de Paris. “A princesa ia a sair de um restaurant­e, era o dia do seu aniversári­o e eu fui ter com ela. Tirámos uma fotografia e estivemos um pouco a falar.”

Acrescenta ainda que a filha mais velha do Príncipe Rainier do Mónaco foi muito “afável” e que “a conversa andou à volta de Portugal, dos primos portuguese­s da princesa, os Polignac de Barros, e de alguns amigos em comum”. Este não foi o único encontro com príncipes de forma inesperada. “Uma vez estava a jantar na Bica do Sapato, em Lisboa, e a minha mulher chamou-me a atenção que na mesa ao lado estava o Felipe de Espanha, que na altura ainda não era rei”, revela. ●

“A NORMA JÁ NÃO É O CASAMENTO ENTRE OS PARES, O QUE APROXIMA AS MONARQUIAS DA REALIDADE”, DIZ

ALBERTO MIRANDA DIZ QUE A MONARQUIA AINDA É TRATADA COMO UM FAIT DIVERS E QUE ISSO É ERRADO

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Alberto Miranda, autor da página Diário da Realeza, no Instagram, fotografad­o no Palácio Galveias, em Lisboa
◀ Alberto Miranda, autor da página Diário da Realeza, no Instagram, fotografad­o no Palácio Galveias, em Lisboa

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