3 PEÇAS PARA VER NOS PALCOS
Entre Lisboa e Porto, há música e dança, uma reflexão sobre o presente a partir de um retrato do passado e a história de quatro miúdos revoltados que se querem vingar da sociedade. Para ver nos próximos dias. ÔSS
TMP – Rivoli, Porto 8 e 9 mar. • 6.ª e sáb., 19h30 • €12
Não faltam espetáculos de dança para ver ao longo dos próximos dias, em Lisboa ( O Outro Lado da Dança, Culturgest, 8 e 9, ou Fuck Me, CCB, 7 e 8) e no Porto, onde um dos grandes destaques vai para Ôss. A peça, uma colaboração da premiada bailarina e coreógrafa Marlene Monteiro Freitas com a companhia inclusiva Dançando com a Diferença, pode ser vista este fim de semana, sexta-feira e sábado, 8 e 9, no Grande Auditório do Rivoli, no Porto. Quem já a viu (por exemplo em 2022, na Culturgest) desfez-se em elogios.
GIRAFAS
Teatro da Politécnica, Lisboa Até 30 mar. • 3.ª a 5.ª às 19h, 6.ª às 21h, sáb. às 16h e 21h • €10 (€6 à 3.ª)
Não é novidade que os Artistas Unidos apreciam o teatro de Pau Miró: do dramaturgo catalão, que tem hoje 50 anos, encenaram já Jogadores, talvez o seu texto mais aclamado. Agora dedicam-se a Girafas, uma “fábula urbana” sobre a Barcelona dos anos 50, o franquismo e uma série de temas universais: trabalho, machismo, ausência de respeito pela diferença, angústias existenciais e o passado. Encenada por Nuno Gonçalo Rodrigues, tem Eduarda Arriaga, Gonçalo Norton, João Vicente, Pedro Caeiro e Vicente Wallenstein no elenco.
O FUTURO JÁ ERA
Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada Até 24 mar. • 5.ª a sáb. 21h, 4.ª e dom. 16h • €13
Ancorada no romance distópico GRM. Brainfuck (2019), da escritora suíça-alemã Sibylle Berg e profundamente influenciado pelo rap, a vida nos subúrbios e a marginalidade social, esta peça resulta de uma colaboração entre o encenador alemão Peter Kleinert e o ativista e músico Chullage (autor da música do espetáculo e um dos intérpretes). Com dramaturgia de Paulo Rego, é “um manifesto de fúria, fuga e revolta individual” de quatro jovens de uma cidade inglesa “sem esperança”, apaixonados pelo grime (subgénero do hip-hop britânico) e que se rebelam contra a sociedade que os marginalizou.