SÁBADO

PMP,LDA.OSPEQUENOS EMÉDIOSPAR­TIDOS

A esquerda tem um player revitaliza­do (o Livre) e outro que não consegue travar a erosão (CDU). IL, BE e PAN sobreviver­am ao teste eleitoral sem baixas.

- Por Rita Rato Nunes Rui Rocha Rui Tavares Mariana Mortágua Inês Sousa Real

JLEGISLATI­VAS

orge Pinto nasceu em Amarante e vive fora de Portugal desde 2008. Há 12 anos que está em Bruxelas. É engenheiro do Ambiente e, nos tempos livres, escreve ficção; já publicou duas BD. Paulo Muacho é um advogado de Campo Maior, que cresceu na Margem Sul do Tejo, no Seixal, e foi deputado municipal pelo Livre em Lisboa. Isabel Mendes Lopes é engenheira civil especializ­ada em transporte­s e é “apaixonada pelo universo dos livros infantis”, conta. Estão todos na casa dos 30 e são os novos deputados do Livre, que se juntarão a Rui Tavares no parlamento. De uma única cara conhecida – o próprio líder –, passa a ter três reconhecid­os à procura de espaço.

No ano em que comemora uma década, o Livre conquistou o seu primeiro grupo parlamenta­r e foi

Hemiciclo

Esquerda somada conquistou 91 lugares no parlamento. Direita obteve 135 lugares, bastante acima de metade (115)

Paulo Raimundo É o grande vencedor das Legislativ­as à esquerda. Conquistou um grupo parlamenta­r com quatro deputados um dos vencedores da noite eleitoral. Recebeu 3,26% (quase 200 mil votos), afirmando-se como a força de esquerda que mais cresceu. Os “verdes, progressis­tas e europeísta­s”, como se apresentam, ocupam agora os lugares que os comunistas não conseguira­m segurar deste lado do hemiciclo.

A coligação da CDU (PCP e PEV) – incapaz de travar a rota de erosão definida nos últimos atos eleitorais – bateu, outra vez, o seu recorde do pior resultado de sempre do partido e é um dos grandes derrotados da ida às urnas.

A seguir ao PS, foi o único que perdeu votos (36.382 face às últimas legislativ­as, ainda disputadas por Jerónimo de Sousa); viu o seu grupo parlamenta­r encurtar de seis para quatro deputados e despediu-se da representa­ção nos distritos alentejano­s, outrora bastiões comunistas.

Face às sondagens (que apontavam para uma percentage­m entre 2% e 3%), o resultado final (3,3%) até esticou um pouco, mas nem o líder estreante, Paulo Raimundo, conseguiu arrancar dali, à boa maneira comunista, uma vitória distorcida. Foi mesmo “um desenvolvi­mento negativo”, admitiu.

A quem estas eleições não aqueceram nem arrefecera­m foram aos liberais, aos bloquistas e (por um triz) ao PAN.

Qualquer um dos três mantém o mesmo número de parlamenta­res em relação à legislatur­a anterior. E até cresceram em eleitores, mas falharam os objetivos a que se propuseram. A IL, que havia colocado a fasquia nos 12 deputados, ficou-se pelos mesmos oito e o BE falhou a ambição de servir como auxiliar de uma governação à esquerda. “O BE resistiu”, foi a expressão da coordenado­ra do partido, Mariana Mortágua.

Já o PAN é agora o único partido na Assembleia da República com uma deputada única, Inês Sousa Real. Falhou o objetivo de recuperar o seu grupo parlamenta­r, perdido em 2022, mas manteve-se no parlamento. ●

“VITÓRIAS” DA IL E DO BE RESUMIRAM-SE A MANTER O NÚMERO DE DEPUTADOS

 ?? ??
 ?? ?? Iniciativa Liberal obteve mais 43.619 votos que em 2022. Não deu para ir além dos oito deputados que já tinha
Iniciativa Liberal obteve mais 43.619 votos que em 2022. Não deu para ir além dos oito deputados que já tinha
 ?? ?? O Bloco viu nos mais 33.754 uma vitória e segurou os 5 deputados, mas não inverteu a queda de 2022
O Bloco viu nos mais 33.754 uma vitória e segurou os 5 deputados, mas não inverteu a queda de 2022
 ?? ?? CDU continuou a perder votos e viu o grupo parlamenta­r passar de seis a quatro deputados
CDU continuou a perder votos e viu o grupo parlamenta­r passar de seis a quatro deputados
 ?? ?? Mantém-se como deputada única, apesar de ter conseguido mais 36.324 votos
Mantém-se como deputada única, apesar de ter conseguido mais 36.324 votos

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal