Comer, rezar, amar
Tentar encontrar pistas para explicar como foi a vida dos seguidores de Jesus é difícil. A conversa com o teólogo Frei Bento Domingues, de 89 anos, ajudou. O frade dominicano recebeu a editora Vanda Marques no convento onde vive, em Lisboa, e durante uma hora conversou com a SÁBADO sobre a mensagem de Paulo e Pedro e de como ainda estamos longe de seguir as ideias de Cristo. Deixa até uma dica, que é um hábito seu: de manhã, quando reza, pergunta sempre: “O que vou fazer hoje do meu dia? Temos tantas hipóteses. Vamos inaugurar um mundo novo.” E perguntar sempre aos outros: “Em que posso ajudar?”
Mas além de Bento Domingues houve outras ajudas. A mensagem que Pedro, Paulo, Tiago e João transmitiram pelo mundo criou uma religião universal e historiadores e arqueólogos têm procurado as respostas que encaixam nas descrições que conhecemos. A casa de Pedro, por exemplo, coincide com uma encontrada nas margens do mar da Galileia. E um texto em grego que copia os segredos que Jesus revelou a Tiago, seu irmão, parece reforçar a importância deste discípulo. Ainda há revelações por descobrir. No Destaque desta semana (páginas 32-44).
B O lado mais terreno e doce
Espírito preenchido, há que alimentar o corpo. Cumprindo uma tradição pascal que se repete há seis anos, o jornalista Pedro Miranda convidou cinco dos mais destacados chefs pasteleiros portugueses a partilharem as suas receitas para a Páscoa. Não foi fácil juntá-los todos no Bairro Alto Hotel, em Lisboa, para tirar a foto de grupo que encontra nas páginas 90 e 91: duas chefs viajaram do Porto e um peregrinou de Olhão para participar neste trabalho. O final foi feliz: houve doces para degustar uma vez tiradas as fotografias.
B Uma estrela, as filhas e... Jesus
Um repórter sabe que vai entrevistar uma estrela quando chega a um evento e encontra o retrato do seu entrevistado em ponto grande, num expositor. Foi o que aconteceu ao jornalista Tiago Carrasco quando entrou na Cimeira Mundial dos Oceanos e viu a imagem do mergulhador Laurent Ballesta. O francês é uma lenda viva: já esteve 28 dias seguidos no fundo do mar e venceu seis prémios de melhor fotógrafo da vida selvagem. Numa conversa de 44 minutos, o explorador falou das suas maiores aventuras e das preocupações ambientais. No fim, acabou uma resposta sobre a destruição ambiental com a frase: “Talvez não tenha sido bom fazer duas filhas.” Quando se apercebeu da carga muito negativa, pediu para acrescentar mais uma linha: “Todos podemos contribuir, a começar pelo voto. Não podemos dar credibilidade a populistas que neguem os problemas ambientais.” Nem magoar as filhas, que os ensinamentos de Jesus Cristo, lá está, insistem que toda a vida humana merece ser vivida. Para ler nas páginas 74-76. ●