Robôs ajudam na saúde
Ajornalista Lucília Galha foi perceber de que maneira é que a Inteligência Artificial é usada na área da saúde. Os mais óbvios, os robôs cirúrgicos ou os assistentes virtuais ( chatbots) já estão em todo o lado. Mas também já há algoritmos que são usados em exames e que fazem a triagem de milhares de imagens em segundos indicando para quais é que o médico deve olhar (porque têm alterações). Na Fundação Champalimaud, a repórter teve contacto com um projeto, em preparação, que vai permitir ao cirurgião ver através da pele antes de remover um tumor (de cancro da mama). Será com uns óculos de realidade aumentada – que experimentou e que lhe permitiu ver o peito de uma mulher em 3D e, a vermelho, em volume e à escala real, a estrutura que correspondia ao tumor. Outro exemplo, este já a funcionar: depois de sair do hospital, há aplicações que permitem fazer fisioterapia em casa e a tecnologia orienta e corrige os movimentos; e também é possível monitorizar doentes crónicos graves em casa e saber quando descompensam.
A violência das mulheres nazis
Quando Wendy Lower começou a pesquisar os arquivos soviéticos surgiram os nomes de várias mulheres alemãs e as suas atividades. A historiadora norte-americana foi investigá-las e descobriu que muitas delas – todas jovens e que nasceram e foram educadas no nazismo – eram piores do que os homens no que dizia respeito à violência. Enfermeiras, secretárias e donas de casa matavam judeus para se sentirem iguais aos homens. As descrições são chocantes, com mulheres a atraírem crianças que escapavam dos comboios que seguiam para os campos de concentração, apenas para as matarem com um tiro na cabeça. Em entrevista à editora Vanda Marques, Wendy Lower alerta que vivemos tempos parecidos com os anos 30, que levaram à ascensão de Hitler. O ódio, a raiva, a violência, o discurso racista que existia na altura é semelhante ao que se passa agora nos EUA e na Europa com o aumento do poder da extrema-direita. A professora universitária publicou As Fúrias de Hitler e vê o livro como uma forma de alertar para os problemas que ameaçam as democracias.
Um ministro “adivinhado”
No meio do turbilhão da política há, às vezes, caminhos que se adivinham com mais facilidade e o do novo ministro das Finanças é um deles. Quando, em dezembro, o jornalista Bruno Faria Lopes entrevistou Joaquim Miranda Sarmento este era ainda o “ministro-sombra” das Finanças – no fim da conversa, contudo, o repórter da SÁBADO fez-lhe algumas perguntas sobre o percurso, já a precaver a possibilidade de Miranda Sarmento passar da sombra à ribalta. Essa “antecipação” revelou-se acertada, com parte das respostas a surgirem no perfil sobre uma das figura-chave do novo Governo liderado por Luís Montenegro, que tomou posse esta terça-feira. ●