A gostosa moda dos rebentos de couves
SE ALGUÉM, HÁ DEZ ANOS, AFIRMASSE QUE OS PORTUGUESES i ri am atirar- se aos rebentos da imensa família das brassicas ( couves variadas, brócolos, nabos e pak choi ou mostarda) isso seria caso para se levantar suspeitas sobre a sua sanidade mental. Mas, hoje, dá- se o caso de os portugueses regressarem ao consumo de tudo o que tem que ver com couves e os renetos das mesmas, de tal forma que alguns produtores de mercados biológicos de rua esgotam o stock uma ou duas horas depois de terem montado as suas bancas. Aliás, conhecemos alguns que só vendem por reserva.
Esta moda terá origem no discurso dos nutricionistas e nas criações de muitos chefes que estão cada vez mais entusiasmados com criações feitas a partir de vegetais – moda q u e c o m e ç o u n o n o r t e d a E u ro p a . Mas, de uma forma ou de outra, os agricultores também puxaram pela imaginação para apresentarem nas suas bancas uma espécie de subproduto das plantas que cultivam, e de que são exemplos os rebentos. Noutros tempos, tais rebentos eram destinados às galinhas e aos porcos. Hoje têm uma procura considerável porque, grelhados ou simplesmente cozidos ao vapor e depois temperados com umas pedras de sal e um fio de azeite decente, são acompanhamentos fantásticos para acompanhar carnes e peixes.
E como são muito coloridos, as crianças acham- lhes piada à mesa. Aliás – e de novo – se alguém, há dez anos, afirmasse que as crianças portuguesas iriam comer sopa como gente grande, seria a mesma história: mande- se já tal cavalheiro a uma consulta de psiquiatria.
Em matéria de alimentação as notícias nem sempre são boas, mas certos comportamentos fazem- nos ter alguma esperança.
REBENTOS QUE NOUTROS TEMPOS
IAM PARA AS GALINHAS SÃO HOJE UM PETISCO E TANTO