Correio da Manha - Boa Onda

SÍLVIA RIZZO

AOS 51 ANOS, SÍLVIA RIZZO MOSTRA- SE PREPARADAP­ARAENFRENT­AR QUALQUER DESAFIO QUE LHE APAREÇA. AATRIZ REVELAQUE SE SENTE FELIZ COM AVIDAPROFI­SSIONAL, QUE DIFICILMEN­TE MUDARIA DE ESTAÇÃO E QUEAPROVEI­TASEMPRE O LADO POSITIVO DAVIDA

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SÍLVIA RIZZO MOSTRA- SE UMA MULHER CONFIANTE. Diz t er aprendido a l i dar com as saudades dos que já partiram e a desfrutar dos momentos divertidos, que passaram a ser essenciais no seu dia a dia.

Terminou as gravações de ‘ Valor da Vida’ há cerca de u m mês. J á con segu i u i r de férias?

Ainda não fui de férias. Estas estão a ser as minhas miniférias. Estive na Disneyland de miniférias, um fim de semana. Vim mais um à neve com este grupo e esta família que eu tanto gosto. Já sou uma veterana, pode dizer- se…

O que é mais gosta de fazer? Além da neve, a título pessoal o convívio. Adoro os desportos, o ski. É uma sensação de liberdade incrível. É dos poucos sítios em que uma pessoa se consegue distrair e desligar da rotina. Fazem- lhe falta esses momentos de quebra?

Faz falta a toda a gente, quem diga o contrário não está a ser sincero.

Que balanço faz desta última novela?

Foi um projeto muito intenso, muito interessan­te, com um grupo de trabalho também interessan­te. Gostei de interpreta­r a minha Cidália. Fiquei com um carinho muito especial por esta personagem, tinha uma série de caracterís­ticas que me fizeram gostar muito dela. O lado fraternal que ela tinha em se preocupar com os outros, devíamos ser todos assim. É o nosso grande património, os amigos e as pessoas que levamos.

O que é que se segue? Vai finalmente de férias?

A minha vida não são férias, não tenho tempo para isso. Estou à espera de saber qual é o meu próximo projeto e não posso marcar férias até lá. Também com a TVI? Normalment­e, tenho trabalho com a TVI.

Fechou as portas às outras estações de televisão?

Não fecho a porta a lado nenhum, mas tenho trabalha-

SOU MUITO ATENTA AOS OUTROS, MESMO QUE FALHEM COMIGO. TAL COMO EU JÁ FALHEI E NÃO ME APERCEBI. SEM TER A NOÇÃO...

HÁ PESSOAS QUE TRAÇAM OBJETIVOS E CONSEGUEM CONCRETIZÁ- LOS, OUTRAS FAÇAM O QUE FIZEREM NÃO CONSEGUEM

do de facto mais com a TVI. Já trabalhei em todos os canais. Enquanto tiver oportunida­des neste canal, fico. Sou muito fiel às coisas, a não ser que não tenha trabalho e surja outra oportunida­de.

É a sua família televisiva? Estou muito habituada. Gosto muito de trabalhar com a TVI. Não quer dizer nada.

Se tivesse uma boa proposta salarial mudava?

Não sei. Tinha de ponderar uma quantidade de coisas, se realmente valesse a pena... Neste momento, não sei. Desde dezembro tem sido uma presença regul ar no ‘ Você na TV!’. O que é que a faz estar tantas vezes no programa?

Tenho, de facto. A verdade é que estou ali e sinto- me em casa. Acabamos por ter momentos muito giros. Tenho ido várias vezes. Gosto i menso Manuel [ Luís Goucha]. Somos amigos há muitos anos, tenho por ele um profundo respeito e o maior carinho.

Está mais ativa nas redes sociais. É propositad­o?

É o meu espaço. É uma forma de expressão e também me divirto imenso. Gosto que as pessoas se divirtam, não estou só a divertir- me a mim a fazer aquelas InstaStori­es [ pequenos vídeos publicados no Instagram]. É a melhor coisa que levamos, são os momentos divertidos que deviam prevalecer. Divirto- me muito, mas sou muito atenta ao que se passa à minha volta. Sou muito sensível. Tento sempre tirar o lado mais positivo das coisas.

De que forma l i da com os contratemp­os que inevitavel­mente vai vivendo? Como já tenho uma certa idade, já passei por muita coisa. Faz parte da vida. Há alturas em que me isolo mais. Quando me sinto mais triste isolo- me. As pessoas nunca me veem triste. Esse espaço é só meu. Quando vou trabalhar estou sempre bem- disposta, não me lembro de estar de outra forma. É mesmo meu.

Não é um filtro?

É a mi n h a fo rm a d e esta r. Quando vou para lá parece que vou com uma energia diferente. Gosto tanto de trabalhar. Gosto de me sentir bem e que os que estão à minha volta também se sintam bem. Disse- me há pouco que a idade já lhe trouxe uma forma diferente de encarar a vida. O que é que tem ganhado?

Em rir? Nada. As pessoas não me l evam muito a sério. As pessoas que nos veem a rir, às vezes pensam que levamos as coisas de uma forma mais leve, com menos responsabi­lidade. Confundem as coisas.

Em que momentos é séria? Sou sempre séria. Uma coisa é

ESTOU SEMPRE PREPARADA PARA TUDO O QUE VIER: PARA A VIDA, PARA A GUERRA, PARA TUDO E MAIS ALGUMA COISA

rir, outra é ser séria. Quando estou a trabalhar, sou séria. A verdade e a seriedade estão sempre cá.

Associarem- na sempre ao humor não a aborrece?

Não me chateia nada. Se me associam a uma coisa positiva para mim está ótimo. Gosto de rir e que as pessoas estejam bem- dispostas. Nem toda a gente me acha graça, mas isso já não é um problema meu.

A família é toda assim?

Isto é mesmo de família. Cresci assim. Sempre tivemos um sentido de humor muito apurado. O meu pai talvez mais. Os meus filhos já estão melhores que eu [ risos]. Às vezes já nem consigo acompanhá- los. Como mãe, sente- se orgulhosa dos seus filhos?

Falar dos filhos é sempre um orgulho. Tenho tido muita sorte com eles, acho que a educação também não falhou. A personalid­ade deles é incrível e es-

DEDICO- ME A VÁRIAS COISAS. TRABALHO MUITO,

NÃO ESTOU SOSSEGADA. JÁ COMEÇO A TER MOMENTOS MAIS CALMOS

pero estar sempre orgulhosa deles. Eles têm muito sentido de humor. Acho que o sentido de humor ajuda- nos muito em certas fases da nossa vida que são menos fáceis. A mim tem- me ajudado imenso e já me salvou muitas vezes.

A quem é que recorre quando está mais em baixo?

A ninguém...

As saudades são maiores com o passar do tempo? Sempre. Há aceitação, mas a saudade está sempre cá..

É afetuosa?

Sou, mas sou reservada em relação a isso. Sou muito protetora dos meus.

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